José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
Esta tese é enviada por http://senadonews.blogspot.com/ podendo ser correspondida pelo e-mail senadonews@gmail.com ou pelo correio postal: União Ibérica, Av. Bombeiros Voluntários, 66, 5º Frente, 1495-023 Algés, Portugal; Tel: 00 351 21 410 69 41; Fax: 00 351 21 412 03 96.

Pesquisá pelo google.pt ou pelo sapo.pt

Saturday, December 27, 2008

EMIGRAÇÃO DOS PORTUGUESES (XIII)


Carta da Suécia.
(*) José Pegado

Vou dedicar umas linhas contando, por ordem cronológica, como aqui chegamos e como ocupamos o nosso tempo.

Confortavelmente sentado na minha cadeira preferida continuei a recordar cronologicamente as minhas reflexões citadas no artigos anteriores em termos da nossa intraduzível palavra SAUDADE, o passado de:

UM EMIGRANTE LUSO-SUECO
Uns dias mais tarde, a 3 ou 4 de Janeiro fui levado de carro até Finspang pelo meu amigo e protector, Sigurd S. Sigland pastor da Igreja Protestante, com quem eu tinha convivido durante a permanência desde Lisboa, enquanto responsável pela Igreja dos Marinheiros Escandinavos entre o Outono de 1952 e a Primavera de 1953.

O pastor Sigland era já na altura membro distinto do Rotary Club e foi portanto dessa rede de contactos que ele deu o necessário apoio á minha candidatura para a entrada na empresa Sueca que respondendo positivamente ao meu pedido me surpreendeu oferecendo uma posição de estágio estrangeiro com o pagamento de 2 Coroas/hora o que depois de dedução dos impostos resultava ao fim do mês em qualquer coisa como 260 Coroas.

Pagando 80 Coroas pelo quarto e 100 Coroas em alimentação sobravam-me ainda 80 Coroas para as viagens de fim de semana na automotora para ida a Noorkoping e volta.

Ao fim de 3 meses com o relatório do trabalho de fim de curso já acabado e enviado a Lisboa e também ao chefe do departamento onde estava colocado, fui um dia convidado a almoçar na Messe dos Directores pois alguns destes teriam lido o meu relatório e ficado bastante interessados em se encontrar com o autor de tanta análise e discussão matemática.

Devo aqui acrescentar que o trabalho foi feito em duas partes em que a primeira era em si interessante pela sua natureza técnica aplicada mas perfeitamente normal dentro dos padrões Suecos.
Mas o que impressionou toda a gente foi a segunda, aquela em que apresentei uma discussão matemática dos resultados dos ensaios.

Uma coisa que vim mais tarde a descobrir estava completamente fora do alcance dos meus colegas Suecos uma vez que um engenheiro Sueco durante a sua formação universitária de 4 anos não se ocupa nem se preocupa com matérias teóricas em Física, Química ou Matemática além do nível necessário para as exigências de produção fabril.

Claro está que um recém formado em Engenharia Mecânica, com 6 anos de IST nos anos 50, aos olhos dos Suecos facilmente se poderia confundir com um doutoramento em Matemáticas.

O resultado desse almoço-inspecção organizado pelos inspectores foi eu ser convidado a entrar nos quadros da empresa e como ficaram a saber que eu falava e/ou tinha facilidade em línguas tais com Português, Espanhol, Francês, Inglês bem com algum Dinamarquês e Sueco fui colocado em Projectos e Vendas.

Graças à minha super excelente preparação teórica e à generosa ajuda dos meus colegas consegui em muito curto tempo, quer dizer em meia dúzia de anos, atingir uma posição de relevo e de alta responsabilidade na empresa.

Com a entrada nos quadros da empresa triplicou o meu rendimento de tal modo que um pouco mais de um ano após o meu desembarque em Norrkoping era evidente que havia um futuro risonho pela minha frente o que também serviria de forte argumento para que a ELLY desistisse da sua formação como enfermeira para se dedicar a uma carreira de esposa, dona de casa e mãe de família.

Foi um casamento celebrado pelo pastor Sigland numa pequena igreja cujo início de construção data do século XII e como muitos outros edifícios do género, pelo mundo inteiro, só se finalizam umas centenas de anos mais tarde.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo.

EDITORIAL
Temas e Debates
– Mendonça Júnior, site:
http://mendoncajunior.blogspot.com/ e-mail: mendoncajunior24@gmail.com
– Senado News, site:
http://senadonews.blogspot.com/ e-mail: senadonews@gmail.com
– União Ibérica, site:
http://uniaoiberica.blogspot.com/ e-mail: uniaoiberica.federacao@gmail.com
– Liga da Amizade Luso Espanhola-LALE, site:
http://ligaamizadelusoespanhola.blogspot.com/ e-mail: lale.amizade@gmail.com

Thursday, December 11, 2008

AVALIAÇÃO TOTAL


Já foi dito e um sem número de vezes repetido que qualquer sociedade na sua fase de crescimento e evolução tem necessariamente de operar sobre uma base económica sólida e que essa base não pode ser garantida senão pelo trabalho produtivo de um grande número dos seus membros dentro de um contexto social justo e bem definido e em que responsabilidades e objectivos comuns são cumpridos por todos.

O ME está preocupado com a correcta avaliação dos professores o que é louvável mas pergunta-se qual o objectivo e se basta encontrar os melhores para que problema nacional do insucesso escolar fique resolvido.
Melhores em quê?
Em policiamento para substituição dos pais que não sabem educar seus filhos e que lhes permitem a práticas de abusos diários sobre pseudo direitos?

Não creio que a oposição dos professores se deva exclusivamente a uma sobrecarga de trabalho com o preenchimento de fichas de avaliação.
Faltam sinceramente avaliadores isentos e qualificados.

Depois da Internet me ter facilitado acesso às referidas fichas descobri que o NIF é um dado inicial e possivelmente da mais alta importância para a avaliação individual dos professores.

George Orwel já morreu e 1984 também já passou, mas ao que tudo indica, e assumindo que a racionalidade dos professores é superior à dos políticos,
o processo de avaliação será cumprido.

As despesas de administração geral e os gastos com os serviços públicos são totalmente suportados por impostos colectados à actividade económica individual e empresarial da sociedade.
Esta é a simples razão porque este e outros conflitos de natureza política e laboral dizem respeito a toda a população independentemente desta ter ou não ter filhos em idade escolar e de ter ou não transmitido os necessários bons padrões de comportamento social aos mesmos.

A população não pode ignorar as perturbações causadas pelas lutas entre professores sindicalizados e o ME, face ao relevo dado através de meios escritos e falados sobre um conflito que nas últimas semanas se agudizou e que parece ter surgido que desde que o ME decidiu, para bem de uma melhoria de resultados, que se procedesse a uma avaliação de mérito e produtividade de cada professor mas que na realidade poderá ter raízes em águas mais turvas e infectadas.

Estamos a pagar por um serviço que além de ser de qualidade duvidosa, se encontra agora alimentado por gente que gasta o nosso tempo, o nosso dinheiro e a nossa paciência.

Seria bom que o sistema de avaliação dos professores agora apresentado pelo ME se estendesse a toda a função pública e governamental pois melhor ferramenta teríamos ao nosso dispor quando de eleições vindouras.

Quando uma coisa não funciona é natural procurarem-se causas antes de aplicar remédios.

A escola não funciona porque os resultados estão à vista.
Indisciplina, absentismo, e fuga ao trabalho por parte dos alunos nada têm a ver com a capacidade de manutenção de ter a ordem por parte do professor pois por muito mérito que se queira atribuir a um Karajan ou a um Bernstein nada de bom virá resultar se os membros da orquestra não entendem a necessidade de disciplina e de responsabilidade individual e conjunta.

Acontece no esquema de desenvolvimento das sociedades, a ocorrência de uma fase ascendente marcada por muito trabalho e sacrifício mas que depois de consolidada constitui a estrutura funcional e económica sobre a qual a sociedade poderá alcançar objectivos futuros dentro de um plano evolutivo sujeito a sucessiva análise e correcção.

O ideal seria viver e participar numa dessas sociedades durante a sua fase ascendente porque a historia humana contém exemplos de degradação e destruição quando a situação se tornou tão perfeita que não existem valores mais altos a aspirar.
Ao horror ao vazio junta-se o horror à estagnação.

Será que a sociedade portuguesa já atingiu tão alto nível de saturação e que agora só pode descer?
Duvido.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo.

EDITORIAL
Temas e Debates

– Mendonça Júnior, site:
http://mendoncajunior.blogspot.com/ e-mail: mendoncajunior24@gmail.com
– Senado News, site:
http://senadonews.blogspot.com/ e-mail: senadonews@gmail.com
– União Ibérica, site:
http://uniaoiberica.blogspot.com/ e-mail: uniaoiberica.federacao@gmail.com
– Liga da Amizade Luso Espanhola-LALE, site:
http://ligaamizadelusoespanhola.blogspot.com/ e-mail: mailto:lale.federacao@gmail.com