José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Wednesday, February 27, 2008

EMIGRAÇÃO DOS PORTUGUESES (VI)


Carta Alentejana
(*) José Pegado
Cidadania avançada: Numa época em que muitos governos se dizem apologistas da privatização ou seja da alienação dos bens da Nação para financiamento de novos projectos, ou para cobrir furos nas contas do Estado, e em que as câmaras municipais que mais parecem ninhos de infracções e corrupções se tornam alvo de violentas acusações, não seria a privatização da gestão municipal uma solução a considerar?
Não a dos serviços, pois esses já há muito que se contratam aos privados, mas sim a do aparelho político pois, segundo a experiência do cidadão comum e agora confirmada por órgãos comunitários, é onde a corrupção melhor prolifera.

Dito isto convém esclarecer que o fenómeno da corrupção autárquica não é exclusivo Português e que uma boa medida da burocracia aliada a um sem número de dificuldades facilmente criadas ao cidadão incauto, muito facilita a prática que todos condenam mas que vale a pena preservar.

Nascemos e crescemos em sistemas existentes e raramente nos damos conta da naturalidade com que tudo se aceita, pelo menos até ao dia a que alguns começam a pensar e a penetrar nos pequenos dogmas que nos rodeiam.
As coisas são assim porque assim já eram ontem, nos dias das gerações passadas e coisas aparentemente simples acabam por ficar suspensas, quase sem resposta.

Vejamos o caso da gestão autárquica, como ela surgiu, o que dela se espera e com que meios ela funciona.
Com este tema em mente sondei a opinião de um vizinho camponês, um simples mas digno representante das gentes alentejanas, alguém com uma surpreendente capacidade de análise social.
A questão aparentemente simples fez com que ambos os Zés encalhassem no lamaçal das coisas e ideias feitas de modo que as perguntas obrigaram a pensar e as respostas, algumas delas emergiram aos poucos, num diálogo dirigido.

O conceito de gestão comunitária surge quando um conjunto populacional atinge uma dimensão tal que por motivos puramente operacionais, sociais e económicos se torna não só necessário como vantajoso associar, regulamentar e operar os diferentes serviços a nível profissional em nome de e para benefício da referida população.

Trata-se de um acto de cidadania avançada resultante de uma capacidade associativa dos cidadãos que a determinada altura decidem delegar tarefas gestoras e operativas a uma entidade única que inicialmente teria as atribuições e responsabilidades inerentes à operação e manutenção dos sistemas de águas, esgotos, vias e espaços públicos, de escolas e de centros de formação, de unidades de saúde, de apoio aos deficientes e mais desfavorecidos, dos dispositivos de segurança.

As responsabilidades da gestão autárquica viriam a aumentar com o alargamento dos centros populacionais e com as necessidades de coordenação geral integrada das actividades industriais, comerciais, desportivas e culturais de cada território.

Uma vez estabelecido o conceito torna-se necessário definir uma organização, eleger quadros profissionais de dirigentes e operativos bem como através de consenso definir actividades básicas, preparar projectos e apresentar um orçamento operativo compatível com as receitas de tributação.
A gestão autárquica reflectindo presentemente as maiorias políticas tende a colocar em segundo plano aquilo para que foi criada.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST; em Lisboa, e na Universidade de KYH em Estocolmo


EDITORIAL
Temas e Debates
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Sunday, February 10, 2008

EMIGRAÇÃO DOS PORTUGUESES (V)


Carta Alentejana
(*) José Pegado
Reciclar ideias e modelos torna-se muitas vezes necessário, sendo que a sua aplicabilidade e utilidade depende da época e dos objectivos a alcançar.

Tal como com as estações do ano, existem no campo das ideias fenómenos de alternância e de repetição de fases pelo que na realidade ideias novas há, mas poucas.
A sociedade humana debate-se com graves problemas sociais, económicos, sanitários, culturais, religiosos, energéticos e ambientais para apenas mencionar os que de imediato nos ocorrem.
Parece demonstrado que os modelos praticados não resolvem tais problemas, estando alguns mesmo na origem e/ou manutenção das graves crises que assolam o planeta Terra e os seus residentes.

Está mais do que evidente que é necessário mais do que um esforço intelectual para hoje resolver problemas criados pelo bicho homem que contrariamente a outras espécies animais não se contentou em crescer e multiplicar-se e em pouco tempo se viu envolvido em actividades causadoras de diferenciação em que se sublimaram diversos instrumentos para o exercício do poder.

O triste cerimonial das nomeações e investiduras.
O espectáculo não é novidade, encontra-se em constante repetição e os latinos são nisto soberanos.
Dá que pensar ver aquela gente toda de pé, bem uniformizada e empertigada, provavelmente ali para testemunhar que o fulano que agora vai ser oficialmente investido em novo cargo, com novos poderes, novo carro e uma ampla equipa de fieis e competentes colaboradores, vai prometer e honestamente realizar tudo aquilo que dele se espera.
Só que provavelmente nenhum dos presentes sabe do que se trata, nem o próprio tão pouco.
Fazem-se discursos, trocam-se batidas nas costas e uns beijinhos nas faces.

Ninguém tem nada mais que fazer? Na realidade um espectáculo triste e historicamente degradante.
Já alguém se indagou quanto custa cada um destes espectáculos?

Todos nós entendemos muitíssimo bem aquela história da produtividade mas parece que aquilo é bom mesmo só para alemães, ingleses e escandinavos.
Aqui não serve, nós temos uma outra cultura, melhor bem entendido.

Verifica-se ao longo da história que os investidos no poder por melhor que sejam os seus pressupostos e intenções acabam inevitavelmente por desagradar a quem lá os colocou e são injustamente promovidos a postos possivelmente mais lucrativos.
Nova nomeação, novos discursos e tudo na mesma.

Numa empresa privada legalmente fundamentada e com objectivos bem definidos, os gestores são escolhidos pelas suas capacidades técnicas e são regularmente sujeitos a auditorias por parte dos donos, detentores do capital.
Na constatação de gestão maléfica ou dolosa os gestores do sector privado são a curto prazo responsabilizados e substituídos por outros mais capazes de alcançar os objectivos empresariais.

No sector público a situação parece estar irremediavelmente destinada a insucesso dado que os altos cargos são pela prática de nomeações partidárias ocupados por gestores insuficientemente preparados que permitem baixa produtividade e corrupção mais ou menos flagrante.
Nenhum candidato a cargo de chefia deveria aceitar tal função sem conhecimento e análise prévia dos objectivos a alcançar e dos recursos realmente postos à sua disposição.

No sector Público o patrão não é o partido nem o governo, mas sim a Nação no conjunto dos cidadãos.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo.

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