José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
Esta tese é enviada por http://senadonews.blogspot.com/ podendo ser correspondida pelo e-mail senadonews@gmail.com ou pelo correio postal: União Ibérica, Av. Bombeiros Voluntários, 66, 5º Frente, 1495-023 Algés, Portugal; Tel: 00 351 21 410 69 41; Fax: 00 351 21 412 03 96.

Pesquisá pelo google.pt ou pelo sapo.pt

Sunday, November 18, 2007

EMIGRAÇÃO DOS PORTUGUESES (II)




(*) José Pegado
Estando nós em vésperas de mais uma viagem de Inverno até à Suécia nada mais podemos desejar que uma boa disposição aos leitores de SENADO NEWS em companhia de Vossos filhos, netos e quiçá bisnetos.

De nossa parte continua tudo bem e vamos lá ver como serão os três meses que se seguem até nosso regresso em meados de Março.

Será bom para nós podermos estar uns tempos mais próximos da família que temos na Suécia e a questão dos dias curtos, da neve que tudo cobre e branqueia, do gelo com o qual é necessário estar atento para não dar quedas e das temperaturas que certamente serão mais baixas do que as de Portugal, não nos vai afectar muito pois dentro de casa temos acima de 20 C e fora dela temos agasalhos.

Há coisas que se dizem e se ouvem e há muitas outras que ficam por dizer que sendo ditas poderiam ter dado uma imagem mais completa de nossa personalidade.

Resolvemos faz agora dois anos iniciar uma escrita anual em Português a que foi dado o nome Carta Alentejana, uma espécie percursora de Cartas da Suécia que gostaríamos de enviar a SENADO NEWS, quando num futuro mais ou menos próximo lá estivermos residentes.

Até lá

um grande abraço da Elly e do José.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo.

EDITORIAL
Temas e Debates

– Mendonça Júnior,
e-mail:
mailto:mendoncajunior24@gmail.com
– Senado News, site:
http://senadonews.blogspot.com/
e-mail:
senadonews@gmail.com
– União Ibérica, site:
http://uniaoiberica.blogspot.com/
e-mail:
uniaoiberica.federacao@gmail.com
– Liga da Amizade Luso Espanhola-LALE, site:
http://ligaamizadelusoespanhola.blogspot.com/
e-mail:
lale.amizade@gmail.com


Friday, November 16, 2007

EMIGRAÇÃO DOS PORTUGUESES (I)


(*) José Pegado
Entendi que SENADO NEWS estava interessado em me enquadrar no exemplo de um Emigrante Bem Sucedido. Tenho bastantes vezes pensado sobre a situação dos emigrantes e das dificuldades que todos, em maior ou menor medida, sofrem nos países de acolhimento e sou levado a tentar definir algumas características:

1. O emigrante é alguém que por motivos económicos, políticos, religiosos ou profissionais se vê forçado a abandonar o país de origem.

2 – O meu caso enquadra-se claramente na opção profissional uma vez que nos anos 50 não existia a mínima possibilidade de efectuar em Portugal um trabalho de fim de curso na especialidade Termodinâmica
A Europa industrial tinha sido arrasada pela guerra e para mim e para meia dúzia de colegas (IST/FCL) restava optar por ficar em Portugal e nada fazer ou procurar nós mesmos uma aceitação na Suiça, na Suécia ou nos EUA.

3 – Passado agora à questão do sucesso devo dizer que muito do que nos acontece na vida acontece por razões circunstanciais de tempo e lugar mas há que acrescentar que este emigrante quando foi para a Suécia poderia ter voltado e se não o fez foi porque a empresa nele reconheceu capacidades na altura pouco vulgares nos engenheiros Suecos ou sejam: conhecimentos técnicos bem fundamentados, ampla desenvoltura linguística (Português, Espanhol e Inglês), boa expressividade escrita de falada.
O Sueco veio mais tarde.

4 – A minha vida profissional implicava o desenvolvimento de projectos para os quais era fundamental o estabelecimento de boas relações com os demais quadros técnicos e administrativos da empresa.
Assumindo responsabilidade pessoal sobre os projectos em mãos era forçado a frequentes viagens ao estrangeiro o que só poderia ser feito com uma não menos que óptima assistência por parte da mulher e dos filhos.

5 – Não havia nos anos 50 mais do que uns 2 ou3 Portugueses na Suécia e o mais próximo a uns 200 Km de minha casa.
Nunca os procurei estando eu por demais ocupado na minha integração social e familiar, na aprendizagem do Sueco e no cumprimento das minhas tarefas profissionais.

SEGUE UMA CRONOLOGIA BIOGRÁFICA:
* JP nasceu a 3 de Setembro de 1928 na guarnição militar de Caçadores 7 em Castelo Branco para onde seu pai capitão José Joaquim de Oliveira Pegado tinha sido recentemente destacado.
* Muito jovem, com apenas meses de idade acompanhou a mãe Isaura e o pai José para uma estadia de 2 anos em Angola, seguidos de mais 3 anos na Guiné até que a família por razões de início do ciclo escolar primário regressou a Lisboa em 1936.
* Completou a instrução primária numa escola particular de bairro (Campo de Ourique) após o que em 1940 deu ingresso no liceu Pedro Nunes em Lisboa de onde saiu finalista do Curso Complementar de Ciências em 1946 seguindo para o Instituto Superior Técnico em Lisboa com formatura em Engenharia Mecânica e especialização em Termodinâmica pela Faculdade de Ciências de Lisboa em 1953.
* Efectuou o trabalho de especialização em termodinâmica entre Janeiro e Abril de 1954 junto da fábrica Svenska Turbinfabriks Aktiebolaget Ljungström em Finspang na Suécia após o que foi convidado a entrar no quadro de Engenharia de Projecto dessa empresa.
* Constituiu família casando com uma jóvem Sueca (Elly Maria Holmberg) que conhecera em Dezembro 1951 em Lisboa quando esta acabara de chegar para o lugar de preceptora dos filhos de Jan Stenström então embaixador da Suécia em Lisboa.
* Permaneceu e avançou nos quadros técnico-administrativos da empresa Sueca com sede em Finspang tendo durante os 29 anos que nela trabalhou desempenhado funções de relevo em vários países entre os quais (Brasil 1963-66), Suiça (1972-74) e Península Ibérica (1980-83).
* Foi delegado Coordenador da Campanha Nacional para Implementação do Programa de Economia de Energia lançada pelo Governo Sueco quando da crise do petróleo ocorrida no Outono de 1973 e foi posteriormente enviado para efectuar ciclos de conferências sobre o mesmo tema na Finlândia, na Dinamarca, nos Países Baixos e nos Estados Unidos.
* Desempenhou funções de coordenador de projectos de produção de energia termo-nuclear na parceria ASEA-ATOM/BBC/STAL-LAVAL com séde em Baden na Suiça entre 1972-74.
* Foi Director da STAL-LAVAL para a Região Ibérica entre 1980-83 após o que se desligou passando a uma actividade de Engenharia Consultora em Portugal onde em colaboração com um colega do Porto promoveu e desenvolveu alguns projectos de co-produção de energia (vapor/electricidade ) para pequenas e médias unidades industriais em Portugal.
* Executou estudos de viabilidade técnico-económica visando transferência de tecnologia Sueca para o mercado Português, participou na realização concreta do projecto que deu na construção de uma unidade fabril em Castelo Branco onde durante 3 anos (1993-95) assumiu as funções de directoria técnica e comercial.
* Completamente reformado aos 70 anos quando em 1998 a família vendeu a casa na Areia, a uns quilómetros ao norte de Cascais, e se mudou com a mulher para um retiro agrícola no Sudeste Alentejano.
* O casal conta com uma filha, três filhos e nove netos todos residentes na Suécia.

Como tudo é relativo, seria talvez justo acrescentar qualquer coisa sobre o EMIGRANTE MAL SUCEDIDO.

São em geral indivíduos de rudimentar formação, desempregados, sem conhecimentos linguísticos, que entrando num país com uma mala de cartão vazia de conhecimentos irão provavelmente sofrer muito.
Para tais indivíduos uma infeliz mas natural congregação com outros da mesma origem e com os mesmos problemas resulta rapidamente na consolidação do “fenómeno ghetto”.

Para ser bem sucedido o Emigrante terá de ter capacidade de integração e de constituir uma mais valia para a sociedade de acolhimento.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo.

EDITORIAL
Temas e Debates
– Mendonça Júnior,
e-mail:
mendoncajunior24@gmail.com
– Senado News, site:
http://senadonews.blogspot.com/
e-mail:
senadonews@gmail.com
– União Ibérica, site:
http://uniaoiberica.blogspot.com/
e-mail:
uniaoiberica.federacao@gmail.com
– Liga da Amizade Luso Espanhola-LALE, site:
http://ligaamizadelusoespanhola.blogspot.com/
e-mail:
lale.amizade@gmail.com