José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Friday, November 27, 2009

O TEOREMA DE A CANÇÃO DE LISBOA

(*) João César das Neves

Com a devida vénia e grata autorização SENADO NEWS transcreve este texto de superior oportunidade.

Portugal está em crise. Mas qual crise? Estamos em crise há dez anos e esta é nova.

Para compreender isto temos de separar duas coisas diferentes. A nossa primeira doença é a obesidade.
Esta é a crise antiga, que vem da década de 90 e nunca mais se resolve.

Portugal está balofo.
Comeu mais do que devia e tem problemas de coração, digestão e locomoção por excesso de peso.
Perdeu competitividade, empolou o orçamento, divergiu da Europa.
A dívida total do país ao exterior (posição de investimento internacional) era de 8% do produto nacional em 1996. Em 2008 atingiu os 100%, sendo metade dívida pública. Isto é viver acima das posses, comendo mais do que devia!

O problema já fez fugir dois primeiros-ministros, o terceiro não teve tempo de fugir e o actual ainda não se sabe se fugirá.
A história é fácil de contar.
Com o Eng. Guterres, que entrou em 1995, o País comeu à farta e engordou à grande.

Em 2001, com a dívida já nos 50% do PIB, ele foi ao médico, recebeu o diagnóstico e... fugiu para a ONU. Depois veio o Dr. Barroso, que leu a dieta e comprou fruta, mas em 2004, com a dívida nos 65%, fugiu para a UE.
O Dr. Santana Lopes disse que "gordura é formosura" e puseram-no fora.
Tão depressa que nem mudou os 65%.
O Eng. Sócrates prometeu jejum, fez lipoaspiração, mas continuou a comer. Chegou-se aos 100%.

O nosso principal problema é esta terrível obesidade. Ou melhor, era.
Porque de repente aconteceu algo que trouxe novos sintomas.
O que sucedeu foi uma coisa impossível: uma epidemia mundial de tuberculose infecciosa, uma doença que não se via desde anos 1930.

De repente, a tísica tornou-se tão dominante que temos de comer muito para ganhar forças.
Para um país como Portugal isto dá a confusão.
Agora o cardiologista exige dieta enquanto o pneumologista aconselha refeições reforçadas para curar a fraqueza.

Que podemos fazer?

A resposta política é evidente.
A prioridade neste momento tem de ser o emprego e para isso devemos usar dois instrumentos principais: orçamento e salários.

Na despesa pública é preciso gastar, mas com cuidado.
Devemos ajudar desempregados, empresas e pobres e é preciso salvar empregos viáveis.
Mas tudo isto com o mínimo de gastos, por causa da obesidade.
Relativamente aos salários é preciso moderação para enfrentar a crise, recuperar competitividade e fazer partilha justa dos sacrifícios. O Dr. Silva Lopes, em conferência recente, chegou a recomendar congelamento salarial.

Tudo isto é muito bonito mas completamente fictício.
Porque a real prioridade política este ano não será o emprego mas as eleições.

A questão obsessiva serão três sufrágios.
Por isso a política , nos dois instrumentos referidos, será muito diferente.
Na despesa pública o que se fará é gastar, gastar, gastar, principalmente no que der votos.
Nos salários, nos salários... bem... eh... vamos casar os homossexuais e pode ser que isso nos distraia.

Quer dizer que estamos perdidos?
Claro que não.
Apenas significa que não podemos contar com os políticos, coisa que sabemos desde a primeira dinastia.

Entretanto, a economia e a sociedade terão de ir fazendo o necessário.
Nesse sentido, a tuberculose até cria condições favoráveis para combater a obesidade.
O novo rating e as taxas de juro superiores da dívida nacional implicam que a dieta será feita, quer se queira, quer não.

É verdade que vem na pior altura, porque agrava as dificuldades da crise conjuntural. Mas isso também é algo que sabemos desde sempre. Quando as coisas são fáceis, metemo-nos em sarilhos, e só pomos a casa em ordem quando não há alternativa.
(*) Professor Universitário
«naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt»

EDITORIAL
Temas e Debates
– Mendonça Júnior, site:
http://mendoncajunior.blogspot.com/ e-mail: mendoncajunior24@gmail.com
– Senado News, site: http://senadonews.blogspot.com/ e-mail: senadonews@gmail.com
– União Ibérica, site: http://uniaoiberica.blogspot.com/ e-mail: uniaoiberica.federacao@gmail.com
– Liga de Amizade Luso Espanhola-LALE, site: http://ligaamizadelusoespanhola.blogspot.com/ e-mail: lale.amizade@gmail.com
NOTA: Eu estou no "google" em MENDONÇA JÚNIOR

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