VIVA A PRIVATIZAÇÃO
(*) Fernando Xavier de Brito
Não há dúvida que temos de felicitar o actual des, digo Governo, pela brilhante ideia de recorrer a Empresas privadas para a execução de tarefas que do antecedente competiam aos Órgãos do Estado.
Desta forma, não só haverá melhor desempenho dessas tarefas em consequência, certamente resultante da especialização dessas Empresas, como o Estado ficará alijado de mais uma responsabilidade.
Foi, por exemplo, o caso de alguns Hospitais, a ideia de substituir os guardas prisionais e o mais que adiante possa vir a surgir.
Não quero deixar passar esta oportunidade sem apresentar a seguinte sugestão:
Assistimos neste momento a uma situação espantosa, digo “espantosa” para não lhe dar outra designação.
Vários deputados, eleitos pelo Povo, (eleitos, não é bem, colocados lá pelos partidos mais votados a que pertencem), mas pagos por esse Povo, para que o represente e proteja, assinaram a sua presença e escapuliram-se para férias.
Esta atitude irresponsável, para não lhe chamar vigarice, corresponderia em qualquer Empresa ao despedimento por justa causa.
Face a este acontecimento e aproveitando esta nova moda das “privatizações”, venho sugerir que se faça a “privatização” da Assembleia da República e por que não também de outros cargos políticos.
Como dizem que são eleitos pelo Povo, têm que lá ficar até novas eleições e, assim, temos de os aturar quer queiramos ou não.
Se este regime de privatização sugerido estivesse em vigor, era só exigir responsabilidades à Empresa e respectiva indemnização, ou arranjar outra.
Talvez desta forma fossemos melhor geridos e com menos despesa…
(*) Coronel de Cavalaria
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