José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Tuesday, March 21, 2006

O PAÍS QUE VIA PASSAR OS COMBOIOS


(*) J. Sá-Carneiro

Nunca gostei especialmente do cinema Norte-Americano, exceptuando-se, claro, as fitas de “cow-boys” e de “gangsters”, duas imagens que animaram a meninice de todos nós e cuja recordação ainda será capaz de nos enternecer.

O “Cow-boy” era a imitação e tradução da imagem do “vaquero”, mexicano ou argentino. Pois como se sabe nas Américas não havia nem bois nem cavalos e foram os espanhóis – e nós também para o Brasil – que os levaram para lá, uns 200 anos antes dos norte-americanos anexarem os “territórios do gado”: Texas, Novo México, Califórnia, etc.
Quanto ao “gangster”, essa sim, era na verdade uma imagem real e tipicamente norte-americana.

Não obstante apareciam por vezes filmes americanos de excepcional qualidade, e de que verdadeiramente gostei. Recordo me por exemplo de “O homem que via passar os Comboios”. Esse filme fez época, e creio que toda a gente o apreciou. A mim impressionou-me profundamente.

Mas afinal tudo isto a propósito de quê? Acho que foi com a mente no T.G.V. que comecei a cismar! E isso porque, se continuarmos todos a cismar com o TGV, ficará Portugal conhecido, na que se chamará “História do Progresso e das Tecnologias”, como «O País que viu passar os Comboios!»

Desde já confesso que adoro comboios, mas não percebo nada do assunto! Entretanto há outras coisas que também não percebo! Por exemplo:

Porque é que todos os nossos técnicos, ou políticos, que abordam o Tema TGV, falam das verbas astronómicas que é preciso dispender em “Material Circulante”, e ninguém tenta sequer “avançar” com a ideia de simplesmente nos limitarmos construir a “Ferrovia”?

Claro que é completamente impensável que um turista, ou homem de negócios, venha de Berlim, ou Copenhague, em Alta-Velocidade, para depois, na fronteira de Valença do Minho ou Elvas, ser forçado a mudar para um comboio-ronceiro, ou autocarro, para chegar ou ao Porto ou a Lisboa.

Mas então é das “Linhas” que precisamos. Não do “Material Circulante”, que pode ser Estrangeiro!

À semelhança do que se passa com os Navios de Cruzeiro e Aeronaves, que nos trazem os Turistas, e que são de todas as origens, sendo nossos os Portos e Aeroportos, também os Comboios podem ser estrangeiros, e a Ferrovia nacional.

A verdade é que mover as terras para preparar os “leitos” e montar os “carris”, isso sabemos nós fazê-lo desde o tempo do Ministro Fontes Pereira de Melo. E mesmo que os novos “rails” sejam mais sofisticados, seremos concerteza capazes de facilmente aprender a instalá-los.

Afinal o que é preciso é que os Turistas cheguem rapidamente a Lisboa ou ao Porto. E se possível, a Faro!

Evidentemente que importar – e até, talvez, construir – “Locomotivas” e “Carruagens” e fazer a sua rigorosa e complicada “manutenção”, será concerteza um “negócio chorudo”, mas deixemo-lo para mais tarde, para quando houver “dinheiro”!
E para cumprir o “Transito Interno” bastará que se estabeleçam duas circulações internacionais, uma pelo Norte, e outra pelo Sul.

Para já o que interessa é fazer a “Ferrovia”. Senão nunca veremos “passar os Comboios”!

Muito a propósito
transcreve-se uma noticia no “expresso”, 01/03/06, na Internet:
«Cortes financeiros ameaçam TGV e OTA. Acordo orçamental da UE para 2007-2013 reduz ambições. Europa corta 138 mil milhões».

(*) Licenciado em História pela Universidade Aberta de Lisboa.

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