José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Saturday, April 08, 2006

ESTE ADMIRÁVEL MUNDO NOSSO (IV)


(*) Belmiro Vieira

Em nome da democracia: A democracia não se cria e nem se impõe por meio de decretos e outras leis, por mais bem tuteladas que sejam. E nem se reconhece no simples facto de alguém proclamar que ela existe ou alguns assumirem a liberdade de dizer o que pensam ou fazer o que lhes apetece.

Nada disso: a democracia constrói-se quotidianamente e consolida-se na convivência ordeira e pacífica entre todos os cidadãos:
1 – Na outorga e respeito indiscriminados de direitos e deveres.
2 – Na promoção e defesa daquilo que a todos interessa – e não um grupo, por mais maioritário que seja.
3 – No comportamento correcto e exemplar daqueles cuja missão é promocioná-la, pelos governantes; que não podem ignorar a opinião pública, sobretudo quando ela se exprime claramente.

Um Estado que se proclama democrático tem a obrigação de respeitar e fazer respeitar essas regras e ajudar outros Estados, que, por uma razão ou outra, se desviaram do caminho da democracia:
1 – Pelo exemplo e a persuasão.
2 – Jamais pela força.

Ora, é exactamente sobre este ponto – jamais pela força – que os Estados Unidos têm feito nos últimos tempos, como claramente se explica numa “carta aberta” que o arcebispo de Boston D. Behnard Law dirigiu recentemente ao Presidente Georges W. Bush. E da qual se extraiu e publica a parte mais incisiva:

«Presidente; o senhor não contou ao povo americano a verdade sobre o porquê de sermos alvo do terrorismo, quando explicou porque bombardearíamos o Afeganistão e o Sudão. O senhor disse que somos alvo do terrorismo porque defendemos a Democracia, a Liberdade e os Direitos Humanos no Mundo…

Que absurdo Sr. Presidente!

Somos alvo de terroristas porque, na maior parte do mundo, o nosso governo defendeu a ditadura, a escravidão e a exploração humana.

Somos alvo dos terroristas porque somos odiados.

E somos odiados porque o nosso governo fez coisas odiosas.
Em quantos países, agentes do nosso governo, depuseram líderes eleitos pelos seus povos, substituindo-os por militares ditadores, marionetes desejosos de vender o seu próprio povo a corporações americanas multinacionais?

Fizemos isso no Irão, quando os Marines e a CIA depuseram Mossadegh, porque ele tinha a intenção de nacionalizar a indústria do petróleo. Nós substituímo-lo pelo Xá Reza Pahlavi e armamos, treinámos e pagámos a sua odiada guarda nacional, Savak, que escravizou e brutalizou o povo iraniano para proteger o interesse financeiro das nossas companhias de petróleo. Depois disso, será difícil imaginar que existam pessoas no Irão que nos odeiam?

Uma vez atrás da outra, temos destruído líderes populares que desejavam que as riquezas de sua terra fossem repartidas pelo povo que o gerou.
Nós substituímo-los por tiranos assassinos que venderam o seu próprio povo para que, mediante o pagamento de avultadas quantias, avultassem as suas contas particulares.

De país em país, o nosso governo obstruiu a Democracia, sufocou a Liberdade e pisou os Direitos Humanos.
É por isso que somos odiados ao redor do Mundo.
E é por isso que somos alvo de terroristas. Esse ódio que semeámos virou-se contra nós para nos assombrar na forma de terrorismo e, no futuro, de terrorismo nuclear.

Uma vez dita a verdade sobre o «porquê» da ameaça existir e ter sido entendida, a solução torna-se óbvia. Nós precisamos de mudar as nossas práticas:

– Em vez de enviar os nossos filhos e filhas ao redor do Mundo para matar árabes, de modo a que possamos ter o petróleo que existe sob as suas areias, deveríamos mandá-los para reconstruírem as suas infra-estruturas: fornecer água limpa, e alimentar crianças famintas.

– Em v ez de continuar a matar milhares de crianças iraquianos todos os dias, com as nossas sanções económicas, deveríamos ajudar os iraquianos a reconstruir suas estações eléctricas, as suas estações de tratamento de água, os seus hospitais e todas as outras que destruímos e que os impedimos de reconstruir com as nossas sanções económicas.

– Em vez de treinar terroristas e esquadrões de morte, deveríamos fechar a Escola das Américas.

– Em vez de sustentar a revolta, a destabilização, o assassínio e o terror em redor do Mundo, deveríamos abolir a CIA e dar o dinheiro gasto por ela às agências de assistência».

(*) Jornalista

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