José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Thursday, August 04, 2005

Morte de dois homens grandes? «Vasco Gonçalves e Álvaro Cunhal»


(*) Fernando Xavier de Brito

Recordo-me de ainda criança ouvir aos meus Avós vários ditados populares que, segundo dizem, «Voz do Povo, voz de Deus», Entre os muitos que ouvi, um houve que na altura me fazia espécie. «Burro morto, cevada ao rabo».
Será que se quer referir à pecha nacional de tentar endeusar aqueles que «pela lei da morte se vão desta vida libertando?» Ou procura-se com isto assegurar-lhes um lugar na História?
Certamente que o terão, Miguel de Vasconcelos também o tem… E essa mesma História com o passar dos anos os julgará.

Mas, ao que assisti nestes últimos tempos tem-me feito muita confusão. Será que já se esqueceu as prisões e roubos que se seguiram ao 11 de Março de 75? Será que foi esquecida a forma como foi dada a independência ao nosso ex Ultramar e as trágicas consequências que advieram?
Se pretenderam com isto, prestar uma homenagem aos falecidos, fizeram também uma grave ofensa aos nossos compatriotas e às populações do antigo Ultramar, que ainda hoje sofrem na carne as consequências das decisões em que estes homens foram coniventes ou os principais promotores.

Como em tudo na vida, há sempre uma ilação a tirar. Não procurarei aqui criticar ou enaltecer a passagem destes dois homens por esta vida. O bem ou mal que fizeram a História futura os julgará. Poderei, isso sim, analisar sob o meu ponto de vista o seu aspecto pessoal dado o conhecimento que tive em relação às suas actuações. Ambos foram, cada um à sua maneira, uns verdadeiros líderes e condutores de homens.

Vasco Gonçalves, meu contemporâneo na Escola do Exército, sempre o considerei um bom homem, humano e sensível. Tudo quanto dizia fazia-o com a sinceridade e com a convicção que o seu coração lhe ditava. O Vasquinho era assim.
Mais tarde, na política, se compreende que os seus discursos descabelados, tenham arrastado tanta gente e levado muitos portugueses a darem um dia de trabalho em prol da Nação.
O Partido Comunista que o diga. Aproveitou-se dele enquanto os seus discursos inflamados, mas saídos do coração, davam um cunho de sinceridade e de verdade arrastando as multidões, mas deixou-o pendurado quando já não precisava dele…

Quanto a Cunhal, tenho um grande respeito por ele como líder. Não por concordar com as suas ideias, mas pela convicção com que as defendeu e coerência que sempre manteve.
Se compararmos esta coerência com a de muitos dos actuais políticos que estão na berra, em que uns dizem que só os burros não mudam e outros para não o serem, saem da direita para a esquerda… Prefiro mostrar o meu respeito aos que, como homens, são coerentes.

Porém, no 25 de Abril, ambos enganaram e muitos outros fomos enganados por terem acreditado nos que acreditavam naquilo que defendiam e assim morreram… Por ingenuidade? Por estupidez? Hoje é fácil de julgar, principalmente por aqueles que nada arriscaram naquela altura.
Os que morrem em combate, também acreditam naquilo que defendem.

Aquele que vacila não é um Chefe ou um verdadeiro Líder. Para o ser, terá que estar absolutamente convicto daquilo que diz e só assim poderá ser credível e ter seguidores.
Respeito estes homens como Líderes que foram, mas não pelas suas obras.
Demóstenes andava com uma lanterna, de dia, à procura de um HOMEM
Hoje, infelizmente, também não se encontra.


(*) Coronel de Cavalaria

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