APELO A PORTUGAL E A ANGOLA
(*) Mendonça Júnior
D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, 1143, motivado pelo «Comércio e pela Cruz de Cristo», achou pequeninas as terras “à beira mar plantadas” do seu legado. Em breve constatou que o seu território, não era suficiente para sustentar os seus escassos conterrâneos.
Nos reinados seguintes chegamos ao Sul da península. Ali, confrontados com o mar, só nos restavam os rumos dos oceanos na procura de gentes e de novas terras.
As primeiras tentativas no Norte de África não resultaram: Ceuta foi um calvário: não se conseguiu levar até final uma tarefa difícil e penosa.
Bordejando chegamos à Costa da Mina onde prevaleceu o comércio: facturamos ouro e marfim.
Depois foi a Guiné e Angola. Mas o grande objectivo era o Oriente que suspeitávamos poder lá chegar contornando a África pelo Sul.
Assim sucedeu. Dobrado o Cabo,1498, costeamos Moçambique e chegamos às Índias onde convivemos pelo comércio das especiarias e cristianismo.
Em 1500 descobrimos o Brasil onde o comércio e a nossa religião prevaleceram e lá ficaram até hoje.
Entretanto continuamos para Leste: Timor, China (Macau) – onde daí abordamos, por várias vezes, o Japão.
O milagre dos portugueses de antanho, foi o de ter convivido com gentes dos sucessivos ultramares que descobrimos, à custa de trabalho, expansão do cristianismo e pelos que por lá morreram.
Quando finalmente hoje, olhamos em redor… quase tudo acabou?!... será?
Estamos no início do milénio. O Mundo está totalmente conturbado. A crise é geral. E nós? Restam-nos os rumos dos mares … não na procura de terras mas sim de Povos Amigos. Outra vez no ultramar seja em que direcção for.
COMENTÁRIO: Porém, de toda a nossa experiência do passado, é em Angola – onde se verificou o verdadeiro percurso económico e de evangelização cristã cimentado pela mesma língua oficial – que mais acreditamos, ser possível activar, no apelo que aqui sugerimos, para um cada vez maior desenvolvimento comum.
(*) Coronel de Cavalaria.
0 Comments:
Post a Comment
Subscribe to Post Comments [Atom]
<< Home