José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Wednesday, May 25, 2005

O FENÓMENO DA CORRUPÇÃO

(*) BELMIRO VIEIRA

O que é? Como? Onde? – A corrupção ou suborno – ensina qualquer dicionário – é um acto pelo qual alguém consegue, via de regra pela oferta de dinheiro ou outras formas de pagamento, que outrem satisfaça os seus desejos, mas de uma forma que a lei condena e a lei repudia. A corrupção não é um fenómeno exclusivo dos dias de hoje. Nasceu com as primeiras sociedades humanas e tem convivido com elas sempre de uma forma cada vez mais íntima.
Via de regra, a corrupção é um acto a que se empresta o maior sigilo, porque assim exigem a vontade e a conveniência tanto do corruptor como do corrupto. Sigilo que, no entanto, nem sempre se cumpre. Daí que alguns casos de corrupção tenham passado ao conhecimento público e à própria História. O mais célebre foi, sem dúvida, o do judeu Judas Escariote que, por trinta dinheiros, entregou o seu amigo e companheiro Jesus aos romanos de Pôncio Pilatos, para a seguir, ser imolado no Golgotá.
Fruto proibido, fruto cobiçado, costuma dizer o vulgo e é verdade. Do mesmo modo que o que é segredo via de regra suscita apetências para a desvendação.
Assim sendo, não admira que haja hoje, por aí fora, inúmeras pessoas e instituições que se especializaram e se entretêm na tarefa quotidiana de desvendar os segredos guardados nos cofres fortes da corrupção que avassala as sociedades dos nossos dias. Tarefa que – é bom observar – comporta tarefas de execução tão grandes que, muitas das vezes, para serem ultrapassadas se torna inevitável o recurso à presunção ou mesmo á mentira.
De entre as várias instituições que se dedicam à denúncia da corrupção à escala mundial, duas há que merecem referência especial sobretudo pelo empenho que põem na execução dessa tarefa e bem assim na divulgação dos resultados obtidos.
Uma delas é a Global Witness, empresa com sede em Londres, agentes em Lisboa e, ao que se diz, cérebro em New York. A outra está sediada em Berlim e adopta uma designação tão sonante que não pode deixar de despertar a curiosidade geral. É a Transparency International (Transparência Internacional, em português) responsável pela publicação de relatórios anuais, aos quais os vários países do Mundo aparecem escalonados, segundo índices de corrupção que lhes são atribuídos. Por certo com o recurso à presunção, já que, sendo a corrupção um acto normalmente revestido do maior secretismo, não se vê como é possível elaborar estatísticas e elaborar valores que possam merecer credibilidade absoluta.
Na edição do relatório do último ano, por exemplo, são referenciados e enfileirados 146 países dos cinco continentes. Como vai sendo habitual, as páginas negras do relatório estão consignadas à África. Onde, – ainda de acordo com o documento – se localizam alguns dos países mais corruptos do Mundo: Nigéria, República Democrática do Congo, Costa do Marfim, Chade e Angola. Todos eles possuidores de petróleo e outros importantes recursos naturais que suscitam a cobiça internacional. Logo, países que importa desestabilizar pela propaganda negativa, para mais facilmente poderem ser espoliados.
Sobre a corrupção importa ainda reter o seguinte: contrariamente ao que se pretende afirmar no relatório antes referido, não é em África e noutras regiões do chamado Terceiro Mundo que ela prospera e impera. Já que, como facilmente se pode intuir, é nos países onde há mais meios de riqueza em circulação e em disputa que se encontra condições para fortificar e crescer.
Assim sendo, podemos afirmar, sem receio de errar que a corrupção, por exemplo, é mais forte e generalizada na Europa que em África. Mas, ao nível mundial, onde ela manda e comanda, é precisamente nos “States” que são reconhecidamente o país mais rico do Mundo.
E se alguém tiver dúvidas sobre isso que se lembre que é ali que funcionam, legalizados e à luz do dia, escritórios de advogados especializados na criação de “lobbies” para favorecer causas, as mais variadas, em troca de chorudos contributos financeiros.

Foi publicado no Jornal “O Dia” em 05/01/2005
(*) Jornalista

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