Perguntas não ofendem
(**) Marco Vinicios
Segredo bem guardado: As eleições autárquicas ainda vêm longe, mas já se houve por aí o rufar forte dos clássicos tambores de promessas, accionados pelos candidatos mais lépidos e determinados na ascensão ao poleiro.
De entre os quais se destaca, sem dúvida, o que o PS escolheu para a presidência da Câmara Municipal de Lisboa, ou seja, o dr. Manuel Maria Carrilho, que já foi ministro e deputado da Nação.
De facto, merece ele que lhe tiremos o chapéu. Não propriamente pela escolha com que foi distinguido, mas sim pela brilhante jogada de antecipação que protagonizou.
Ao inundar – é o termo – nesta época de seca generalizada, as ruas da capital com um “rio” de promessas, contidas em gigantescos cartazes, em que ele aparece retratado e semi-sorridente, a informar os portugueses que tem “estado a trabalhar num projecto para Lisboa” e que esse projecto “terá princípio meio e fim”.
Promessas geniais ou engenhosas… dizemos. Já que não revelando o tema ou o teor do projecto em que tem estado a trabalhar, ele não só mostrou estar consciente de que o segredo é sempre a alma do negócio.
Como simultaneamente gerou um clima de “suspense” em torno da sua candidatura e conferir ao projecto os contornos de um autêntico jogo de prognósticos, tão do gosto do nosso Zé.
Daí que logo nos tenha ocorrido dar uma sugestão à Santa Casa, que é esta:
porque não criar um novo jogo de apostas, que, paralelamente, ao Totoloto e ao Euromilhões, no caso de vir a ser eleito “Mayor” da capital de Portugal?
(*) Coronel de Cavalaria
(**) Jornalista
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