José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Saturday, December 30, 2006

LIBERDADE A MAIS NO LIVRE MERCADO


(*) Belmiro Vieira

Neste nosso querido Portugal de Abril, os conceitos de democracia e de livre mercado cultuados em grande parte da Europa em que estamos inseridos, infelizmente, não têm sido entendidos ou respeitados de uma forma correcta e unânime. Como seria desejável.

Efectivamente, uma simples observação do dia-a-dia nacional mostra que há por aí, em cada vez maior número, os que ignoram ou fazem por ignorar os outros, presumivelmente porque sabem de antemão que, assim procedendo, nada de mal lhes sucederá, já que o não-te-rales generalizado em que o país está mergulhado os absolverá de certeza.

E é assim que, a cada passo, somos confrontados com a acção dos que, escudados na liberdade que o regime democrático consente, se permitem fazer tudo que lhes apetecer, nuns casos, ou não fazer nada, noutros. Quando, como se sabe, a democracia admite o exercício da vontade individual, mas sempre sob a condição de que esse exercício não colida ou moleste os demais ou a própria sociedade. Do mesmo modo que exige que todos, na medida do possível, façam algo de útil para si e para a colectividade.

Na prática do livre mercado – que não é mais que a democracia aplicada ao mundo dos negócios – as acções também têm limites, não sendo tolerável, pois, que cada qual faça o que lhe aprouver.

Vêm estas considerações a propósito do que, entre nós, se vem observando no campo dos negócios e muito particularmente no que concerne ao chamado comércio retalhista, onde o descontrolo nos preços praticados é total, assumindo até foros de escândalo.

Quem duvidar desta afirmação que dê uma volta, com olhos de ver, pelos locais onde ele decorre quotidianamente, desde as ditas grandes superfícies aos pequenos mercados periféricos ou de bairro. E depois faça uma comparação dos preços praticados, sobretudo os que se consideram de primeira necessidade.
Porque terá então ocasião para se certificar de que há muitos com unhas demasiado crescidas, enquanto outros as têm razoavelmente roídas.

Poderão, a propósito, alguns objectar que, sendo livre o mercado, o consumidor que escolha ou que proteste.

Neste ponto vem-nos naturalmente à memória o que disse recentemente o milionário empresário Belmiro de Azevedo, em manifestação de legítima euforia, por ter ganho uma acção em tribunal contra o Estado, que, inevitavelmente lhe estava a meter a mão nas algibeiras.

Concretamente – recorda-se – declarou que, vertebrado como era, havia protestado e ganho, ao passo que outros, também extorquidos, não protestaram, porque eram invertebrados, e assim haviam ficado a perder.

De facto, os consumidores portugueses não têm o hábito de protestar. Sofrem tudo em surpreendente silêncio.

Mas cuidado, porque, se um dia, descobrem que afinal têm coluna vertebral…

(*) Jornalista

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