José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Wednesday, November 29, 2006

ESTE ADMIRÁVEL MUNDO NOSSO (XII)


(*) Belmiro Vieira)
UMA DENÚNCIA COM BARBAS: Veio há pouco referido em alguns órgão da Imprensa internacional a publicação em Washington de um documento oficial, no qual Portugal era arguido de uma das portas franqueadas à introdução da droga na Europa. E isso, presumivelmente, com base em informações recolhidas pela DEA, o organismo que lá investiga questões relacionadas com o narcotráfico.

Que se saiba não houve qualquer reacção pública a essa denúncia nem por parte do governo português nem dos restantes colegas europeus. Indiferença que de seguro é explicada pelo facto de tal denúncia carecer de originalidade.

Com efeito, é por demais conhecido que, desde que foram instituídos regimes democráticos em Portugal e na vizinha Espanha, e por via do ingresso de ambos na União Europeia, passou a vigorar nos seus limites a livre circulação de pessoas e bens, “os patrões mundiais da droga” os elegeram como via ideal para o encaminhamento das suas milionárias remessas.

A utilização do nosso país pelo narcotráfico internacional tem sido pródiga em casos curiosos, ou mesmo escabrosos, os quais, embora não de completo domínio público, são de perfeito conhecimento de algumas autoridades policiais, quer do nosso país, quer do resto da Europa.

1 – Um deles, por exemplo,
teve lugar em 1992, quando o juiz espanhol Baltazar Garson, então no comando das operações anti-droga no país vizinho, emitiu um mandato de captura contra duas conhecidas figuras do “jet set” lisboeta, arguidas de terem participado numa reunião com narcotraficantes galegos e colombianos, realizada na cidade algarvia de Portimão.

2 – Também não é de todo ignorado o caso, ocorrido pouco depois de uma avioneta que, partida de Lisboa, aterrou em Torremolinos carregada de cocaína, mas sem qualquer identificação quanto à identidade proprietária e à respectiva tripulação, que conseguiu cavar a tempo e horas.

3 – Outro segredo não bem guardado, nesse particular, relaciona-se com o feito de dois indivíduos cá do nosso burgo que, ao que se diz, utilizavam helicópteros para furar o bloqueio, ou melhor, a vigilância que unidades da Marinha de guerra espanhola exerciam à volta do nosso litoral, par evitar que droga provinda da América Latina e transportada de barcos, alcançasse a terra, num e noutro país.
Feito que consistia em utilizar helicópteros para ir buscar a “mercadoria em alto mar, traze-la para os arredores de Lisboa e dali encaminha-la, sempre de “heli”, via Portalegre, para terras de Espanha.

4 – Curiosamente ainda maior oferece um outro caso, também conhecido das autoridades policiais europeias, relacionado com heroína que, proveniente do Afeganistão e dos países do chamado “triângulo dourado”, vinha dar a Portugal, após muitos zigue-zagues, para a seguir rumar para o centro da Europa.
Explicando melhor:
* Depois de passar pela Turquia, a “mercadoria” ia parar à Holanda e de lá era trazida para Portugal por “correios caboverdianos” ali residentes. Os quais, na sua pobre inocência, eram aliciados com a oferta gratuita de meios de transporte (automóveis) para virem a Lisboa apanharem aviões que os levariam a Cabo Verde, em viagens de férias:
* Aqui chegados, deixavam os carros numa garagem, onde eram esvaziados da “preciosa carga” que, sem o seu conhecimento, havia sido dissimulada por tudo quanto devia servir: depósitos de gasolina, carters artificiais, forros de portas e tecto, etc…etc.
* Descoberta como foi tão subtil engenharia, houve naturalmente que encontrar uma outra rota para a heroína, que, transportada em pequenos barcos cruzando o Índico, fazia escala por Moçambique e pelo Botswana, encaminhando-se a seguir para o interior de Angola, onde a guerra havia destroçado, em grande parte, a capacidade de vigilância policial; encaminhando-se de lá para o Zaire ou Nigéria, de onde o “pulo” para a Europa era menos trabalhoso.

O conhecimento que se tem de alguns destes casos, e presumivelmente de outros, dá forças à referida denúncia:

PORTUGAL É UMA DAS PORTAS FRANQUEADAS À INTRODUÇÃO DA DROGA NA EUROPA.

(*) Jornalista

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