José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Thursday, September 07, 2006

ESTE ADMIRÁVEL MUNDO NOSSO (IX)


(*) Belmiro Vieira

Aconteceu em Lima, no Peru, o país que outrora foi dos incas; até há pouco tempo foi do senhor Fugimori (o tal que, à última hora teve que fugir para não morrer); e, ao que tudo indica será em breve do senhor Garcia.

Tudo se passou em pleno Congresso nacional (a AR lá do sítio), precisamente no momento em que ali decorria a cerimónia da posse dos deputados escolhidos, para uma nova legislatura, num dos mais contestados actos eleitorais de sempre, ali realizado.

O momento era, pois, de redobrada solenidade: homens e mulheres vestidos a rigor e ostentando a circunspecção que a cerimónia requeria; a mesa da presidência completa e bem desperta; as câmaras de Televisão ensaiando as primeiras focagens; etc.

Enfim, todo um “decor” que, tanto no Peru como cá ou em qualquer outro país que cultua a chamada democracia, soe ser montado, com vista a exaltar a importância da missão que cabe aos representantes do povo.

Iniciada a cerimónia de posse, os neoeleitos foram-se encaminhando, um de cada vez, para uma luzida tribuna, onde devia ter lugar o acto final da mesma, simbolizado na leitura e assinatura do termo de posse e no juramento de fidelidade. Este, como manda a tradição, feito com a mão pousada sobre a Bíblia, para assim lhe garantir maior credibilidade.

Tudo decorreu normalmente, até que chegou à tribuna um tal Gerardo Rivera, não se sabe bem se eleito pelas hostes governamentais se pelos partidos da oposição. Chegou e, calmamente, com uma das mãos sobre o livro sagrado e voz possante, proclamou:

«Juro por Deus e por la plata...».

E mais não pode acrescentar, já que, de imediato, a assembleia se ergueu em peso, gritando inflamados protestos, culminados com “bombardeamentos” de moedas, que cada um ia tirando das algibeiras, e com outras formas de agressão física.

Gerardo ainda tentou justificar-se, gritando, enquanto se defendia dos pesos (moeda peruana) que caiam sobre a sua cabeça:

«No! Pardon! Por lo que juro es por la Pátria».

Mas de balde. Os seus colegas não se comoveram, crentes como pareciam estar de que ele não fora vítima de um “lapsus linguae”, antes quisera atingi-los a todos.
De modo que a serenidade só viria a ser restabelecida, minutos mais tarde, graças à intervenção dos serviços de segurança do Congresso.

Vivendo a milhares de quilómetros de distância, não nos compete formular um juízo sobre quem tem razão, no caso antes relatado: se o desbocado deputado Gerardo, se os seus indignados colegas.
Mas não repugna admitir que, por esse mundo político fóra, haja muitos a quem serve a carapuça que ele lançou consciente ou inadvertidamente. Melhor dizendo:

Há muitos para quem a “plata” é simultaneamente Deus e Pátria.

(*) Jornalista

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