José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Wednesday, February 04, 2009


EMIGRAÇÃO DOS PORTUGUESES (XV)

Carta da Suécia.
(*) José Pegado

Vou dedicar umas linhas contando, por ordem cronológica, como aqui chegamos e como ocupamos o nosso tempo.

Confortavelmente sentado na minha cadeira preferida continuei a recordar cronologicamente as minhas reflexões – citadas nos artigos anteriores e com continuação nos próximos – em termos da nossa intraduzível palavra saudade, o passado de:

– UM EMIGRANTE LUSO-SUECO
Os anos passaram, família foi crescendo, mudamos de apartamento algumas vezes, passamos 3 anos em São Paulo no Brasil entre Janeiro de 1963 a Dezembro de 1965, voltamos para Finspang pouco antes da Suecia mudar a circulação rodoviária do lado esquerdo, tal como ainda na Inglaterra, para o lado direito tal como o resto da Europa.

Cumpri uma missão de alta responsabilidade durante 18 meses junto da empresa Brown Bovery em Baden na Suiça como coordenador dos fornecimentos desta empresa com um conjunto de empresas Suecas em candidatura para o fornecimento de centrais nucleares para a Suiça, após o que regressei a Finspang.

Entretanto estava-se a meio dos anos 70 numa altura em que havia grande procura nacional e internacional para produtos da indústria Sueca de modo que as linhas directivas teriam de assentar não em diminuição da actividade económica mas sim na introdução de fortes medidas de poupança.
A realidade era assustadora o que certamente contribuiu para se alcançar um consenso político, sem par na história deste país em tempo de paz, mas de ameaça de uma luta de sobrevivência.

Os objectivos só poderiam ser alcançados com a ajuda de um bem formulado e reconhecido trabalho técnico e económico totalmente isento de mensagens políticas.

Ensinou-se a população e os municípios sobre o significado económico dos produtos energéticos, promoveu-se a colaboração entre os responsáveis pelos processos industriais e as autarquias onde as indústrias estavam instaladas, apelou-se pelo uso de transportes colectivos e quando tais não eram praticáveis pela colaboração entre vizinhos de modo evitar o uso de transportes particulares de uma só pessoa.
Criou-se um ambiente de expectativa general aguardando os primeiros resultados de uma campanha económica.

Tive a sorte e honra de ser destacado, ao serviço do Ministério da Indústria, para chefia de um grupo missionário que durante 6 meses levou e esclareceu as bases de aplicação prática do que cada comunidade podia e devia fazer. Este trabalho deu bons resultados e acabou sendo notado no estrangeiro como modelo para economia e energia.

Acompanhei delegações governamentais Suecas à Dinamarca, à Holanda e mais tarde aos Estados Unidos para apresentação e discussão das nossas análises e propostas.

Lembrei-me muito mais tarde que devia ter aproveitado o material e a oportunidade para alcançar um doutoramento em Economia e Energia.

Mais tarde fui aliciado em regime experimental assumir a chefia de um departamento na Mague em Alverca, (Portugal), numa empresa do grupo Brown Bovert.

Estive na Mague de Junho de 1974 até Maio de 1975 acabando por desistir de lá ficar dado que durante esse ano se verificou em nada contribuir tendo em vista outras e maiores preocupações por parte dos remanescentes quadros da empresa.

Como tantos outros também eu admirava o que diariamente acontecia em Portugal mas não podia participar no processo revolucionário em curso pois ao assumir a nacionalidade Sueca em 1962 eu deveria ter perdido a Portuguesa.
Voltei para Finspang, juntei-me à família e fui ocupar uma nova posição de chefia e coordenação de serviços da velha empresa que na altura se chamava Stal-Laval.

Estávamos no ano de 1975, tinha ocorrido uma chamada Primeira Crise Energética Mundial dois anos antes e o Governo Sueca acabara de aprovar uma série de decretos e de publicar o Livro Nacional de Ética Energética, uma questão muito seriamente encarada aqui na Suecia.

Bastará recordar o clima com temperaturas muito abaixo durante os 6 a 7 meses de Inverno que exige o bom funcionamento de sistemas de aquecimento não só das casas com de todos os locais de trabalho ou de ocupação tais como sejam fábricas, escritórios, escolas, hospitais, lojas, pavilhões desportivos, instalações militares, etc.
Segue-se a produção agrícola e industrial que também exige uso de combustíveis e de electricidade e finalmente o sector de transporte de pessoas e mercadorias com uma considerável frota de carros particulares, autocarros, camiões, comboios e aviões.

Trata-se não só de conforto como também de sobrevivência.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo.

NOTA: SENADO NEWS achou por bem desmistificar a ideia corrente, de alguns anos atrás, que os emigrantes portugueses, como regra chegavam lá de “mala de cartão”, eram uma fonte de invisíveis para Portugal e regressavam, por força da saudade, construindo nas suas raízes uma casa onde acabavam os seus dias.
Actualmente, pelo trabalho, formação profissional e suas descendências, adquirem estatos privilegiados de não retorno conforme o que temos vindo a publicar nesta série de 18 artigos

EDITORIAL
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