José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Tuesday, October 07, 2008

EMIGRAÇÃO DOS PORTUGUESES (XI)


Carta da Suécia, Inverno de 2007
(*) José Pegado

Depois de chegarmos à Suécia no dia 8 de Dezembro de 1953 não temos uma sombra sequer daquilo que deveria ser um Inverno na Suécia.
Não neva, não chove e as temperaturas nesta zona têm oscilado entre +2 e +6 o que também significa que não há gelo nas estradas.

Para se encontrar um Inverno normal teríamos de viajar uns 1.300 km para o Norte onde por exemplo em Pajala os termómetros na passada semana se registaram -32 C.

A falta de neve e gelo não nos preocupa mas haverá com certeza camponeses que a falta de neve vai resultar em falta de água nos campos.
Quem também sente a falta de neve são os esquiadores, as estâncias turísticas e também ainda as empresas de limpeza de neve nas estradas.
Um outro desporto que este ano não se pode praticar é a pesca debaixo do gelo.
Os praticantes deste tipo de pesca vão sempre bem protegidos do frio e do vento, levam um pequeno farnel e bebidas quentes e além da linha de pesca e da broca para fazerem o furo no gelo levam ainda um pequeno caixa-banco onde se sentam.
Faz-se um furo no gelo com o diâmetro da broca ou seja uns 10-12 cm, mergulha-se o anzol brilhante e sem isco e fazem-se movimentos verticais bruscos na esperança de apanhar um peixe curioso.
Este ano ainda não vimos um único pescador desta arte pois falta o principal, falta o gelo.

– 24 DE DEZEMBRO – NATAL EM FAMÍLIA
A grande reunião familiar é a de Natal que aqui na Suécia se situa no dia 24, ou seja na véspera de Natal.
O menu tradicional de Natal na Suécia gira à volta de uma série de pratos uns feitos em casa e outros trazidos pelos convidados e normalmente dispostos numa grande mesa bufet: conservas de arenque que se acompanham com batata cozida, um enorme afiambrado de porco que se acompanha com couve roxa, puré de maça e batata no forno, uns bons pedaços de entrecosto também feitos no forno, as célebres bolinhas de carne moída frita, duas apetitosas omeletes uma de camarão e outra de cantarelas (cogumelos silvestres).

As bebidas de acompanhamento são de livre escolha com Coca-Cola para os mais jovens, cerveja para os de maior idade e eventualmente vinho para os não condutores.
Hoje em dia raramente se serve aquavit, tradicional aguardente sueca feita a partir de batata.
A refeição termina com frutas e sobremesas doces e entre nós nunca falta o Bolo Rei fresco feito nessa mesma manhã.

Depois desta enorme e pesada refeição familiar segue-se um descanso em que a maioria sentada aguarda a chegada do Pai Natal, no dia 25, e a distribuição das prendas.
Se houver crianças pequenas no grupo, naquelas idades em que ainda acreditam ou dizem acreditar no Pai Natal é costume pedir-se a um vizinho para desempenhar o papel vestido de calças e túnica vermelhas e com uma enorme barba branca e um saco às costas para distribuir os presentes.
Com o avançar das idades ninguém sente a falta do Pai Natal e a distribuição faz-se na mesma.

– 25 DE DEZEMBRO – DIA DE NATAL EM CASA
O dia de Natal é geralmente um dia de descanso e reservado para o núcleo familiar mais chegado ao nosso.

– A PASSAGEM DO ANO – 2007/08
Depois dos excessos gastronómicos do Natal e depois de uns dias em uma espécie de jejum voltou o apetite e com ele a caça ao perú que por razões práticas foi colocado no menu do Fim do Ano.
Nos anos 50 tivemos imenso trabalho para conseguir comprar um perú.
Os que havia estavam vivos nas quintas dos camponeses e foi preciso usar de enorme cadeia de amigos e conhecidos até se poder chegar a um infortunado animal.

Na nossa família Luso-Sueca a tradição de Perú de Natal foi trazida evidentemente por mim com as tradições e recordações de Portugal, em 1953, o que no entanto está agora generalizado e aceite em parte por influência de Hollywood e em parte também porque agora na época de Natal abundam perús limpos e congelados em todos os supermercados de qualquer terreola.

A passagem do ano foi celebrada em casa, um belíssimo peru assado e mais tarde com uma bem refrigerada garrafa de Freixenet brut, o nosso favorito espumante espanhol.
A passagem do ano na Suécia celebra-se como em toda a parte comendo, bebendo, dançando e queimando fogo de artifício mas meia hora dentro do novo ano reinava um silêncio absoluto.
Só faltava a brancura da neve.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo.

EDITORIAL
Temas e Debates

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