???COMO DIZER!!!
Para cumprir esta tarefa devo começar por procurar na palavra relatividade – não a da teoria supostamente atribuída a Albert Einstein – a medida de conhecimento necessária para comparar, porque tanto mal-dizer como bem-dizer são necessariamente frutos de uma reflexão comparativa.
Comparar pressupõe a existência e conhecimento de situações geralmente distanciadas em tempo e espaço e pressupõe não só uma memória analítica como também em termos de comparação.
MAL-DIZER: é coisa fácil!
Os temas são abundantes e mal-dizer sempre se praticou com a maior das liberdades tanto em encontros fortuitos quando as coisas nos correm contra-maré como quando perante uma maior plateia somos pagos para ocorrências da semana.
Mal-dizer é como que uma válvula de escape quando nada mais resta fazer para corrigir o que achamos mal e quando de voz alta exigimos que alguém mais assuma os trabalhos de correcção.
BEM-DIZER: é coisa difícil?
No entanto, acordei esta manhã cedo e como sempre bem disposto e logo prometi que iria hoje mesmo dedicar algumas linhas à nobre arte do bem-dizer.
Bem-dizer não é fácil, desde logo porque a escolha de temas merecedores de tal honraria obriga não só a uma procura cansativa como também a uma luta para alcançar e manter um estado de espírito que inegavelmente contraria a natureza humana, onde quer que ela se encontre.
Os temas hoje resumem-se ao bem-dizer das coisas portuguesas e devo confessar que me sinto muito à vontade pois uma lista concentrada na alimentação, onde realmente ainda somos excepcionais, me dá tempo para procurar outras coisas:
– As laranjas, as peras rocha, as nêsperas, a cebola e o tomate maduro
– O carapau miúdo e as sardinhas em Julho
– O azeite, o pão e o chouriço
– A couve, a nabiça e as sopas
–
– A Antena Dois
– A Maria João Pires
– Um satélite que nos dá acesso à programação Mezzo.
–
Os nossos vizinhos do outro lado da estrada:
– Gente simples mas não ignorante
– Gente honesta e preocupada com as coisas da natureza
– Gente que nos ajuda e que tem a sabedoria de não recusar a nossa
– Gente que nos ensina coisas da terra
– Gente que tem a curiosidade para aprender coisas lá de fora
– Gente sem a qual viver no voluntário isolamento do nosso monte seria bem mais difícil.
(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo.
EDITORIAL
Temas e Debates
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