José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Wednesday, August 31, 2005

ORIGINALIDADE À ITALIANA


(*) Belmiro Vieira

A Itália é, seguramente, o país da Europa e quiçá mesmo do Mundo, onde o culto da beleza e da originalidade ganha mais adeptos. No que concerne à beleza, as provas são múltiplas e desvairadas e testemunham-se nomeadamente no que ela nos oferece em termos de obras de arte, monumentos civis e religiosos e indumentária tanto para mulher como para homem. E isto para citar os sectores onde ela é mais evidente.

Quanto à originalidade, ela é visível no dia-a-dia dos seus cidadãos, documenta-se em muitas produções teatrais e cinematográficas e tem o seu expoente máximo nessa espectacular cidade construída sobre estacas e no meio de um lago e que dá pelo nome de Venécia.

Desses dois atributos, seguramente que é a originalidade a que está hoje mais vulgarizada entre os transalpinos. E tão vulgarizada que, em termos práticos, não passa um dia sem que de lá, via agências noticiosas, nos cheguem relatos de episódios ou factos que jamais aconteceram ou acontecem noutros países. Mais uma prova do que acima se afirma tivemo-la há poucos dias, ao ler no teletexto de TV romanas transmitidas via satélite duas notícias que a seguir reproduzimos de forma suscinta.

A primeira: o presidente de Lesta e Signa, de uma pequena vila de 18 mil habitantes, localizada a escassos quilómetros de Firenze, fez construir, a expensas do município, uma casa verdadeiramente especial, melhor dizendo, uma casa pré-matrimonial.

A qual se destina a ser oferecida gratuitamente a parelha de jovens que pretendem casar, para nele realizarem uma experiência de vida comum pré-matrimonial, durante cerca de quatro meses, no máximo. Finda a qual deverão decidir se devem ou não dar o laço oficial. Explicou o síndico que, por via dessa convivência pré-matrimonial se evitarão por certo muitos casos de separação ou divórcio. Será? Perguntamos nós.

A segunda notícia procede de Roma e relaciona-se com uma sentença proferida pelo Supremo Tribunal italiano, num caso de presumível “agressão e obscenidade”.

Tudo se passou em Venécia, a cidade dos canais e das gôndolas, onde o dono de um estabelecimento comercial se atreveu a agarrar e a apalpar o trazeiro de uma das suas empregadas, no momento em que ela, inclinada sobre um dos balcões, estava a atender um cliente.

Zangada naturalmente, a empregada confiou o caso a um advogado, que por seu turno, o endereçou a um dos tribunais venezianos. A sentença não tardou: 18 meses de prisão para o autor da palmada e das apalpadelas, por prática de “acossa sexual”.

Mas o condenado, não se conformando, recorreu para o Supremo de Roma, que acabou por o absolver, alegando, que dar palmadas e apalpar as nádegas de uma dama, mesmo contra a vontade dela, não é crime. Já que isso não prova que tenha havido intenção de “praticar um verdadeiro acto libidiniso.
Tão esdrúxula sentença encheu naturalmente de júbilo e não só os machistas locais, do mesmo modo que suscitou repulsa e veementes manifestações de protesto por parte de inúmeras donas, em particular as que têm lugar no Senado e no Parlamento de Roma.

Por nós, o comentário que o caso sugere é este: o patrão dos nossos dias, que já tem tudo a seu favor – pagar mal; discriminar salários a seu bel- prazer; aumentar horas de trabalho; reduzir tempo de férias etc; – também pode, quando lhe der na gana, apalpar o trazeiro a quem está a seu serviço?
Se pode, está na hora de fechar de vez os tribunais.

(*) Jornalista

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