José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Sunday, December 02, 2007

EMIGRAÇÃO DOS PORTUGUESES (III)


Carta Alentejana
(*) José Pegado
As Cartas Alentejanas – porquê e para quem? – servem de pretexto para manter contacto com um reduzido grupo de amigos que entendem o Português e constituem uma maneira de eu manter alguma fluidez de escrita nesta língua uma vez que a maioria das peças desde há muito por mim escritas são em Sueco ou Inglês.

Para mim escrever implica, como já tive ocasião de expressar, uma forma preferencial de diálogo pois que desse modo ao(s) meu(s) interlocutores qualquer hipótese de interrupção ou contradição.

Estou convencido de que só escreve quem pouco fala e muito lê.

Escrever em Português não é fácil, particularmente por alguém que durante 30 anos foi sujeito a outras culturas e que lendo muito, raramente o faz sobre textos em Português que possam contribuir para melhor cultivo e prática da língua materna.

Durante a fase profissional activa as leituras técnicas e a maioria das peças escritas concentravam-se no Inglês ainda que muitas vezes numa variante que se poderia chamar de Interinglês, que cada vez mais se pratica, e que os nativos de Albion terão de muitas vezes aceitar de olhos e ouvidos bem fechados.

Os livros de minha preferência são todos os bem escritos com excepção de romances amorosos de exploração emocional, de filosofia religiosa de aconselhamento espiritual e de poesia em formato rimado. Detesto ler traduções mal feitas.

Ler em Português acontece, não é fácil pois de uma forma geral a língua é pesada.

Li várias obras de Saramago quando este foi premiado com o Nobel da Literatura e não desgostei.
Já antes tinha lido Fernão Mendes Pinto que também me obrigou a entrar num certo ritmo mas gostei.
Na minha juventude, talvez por ser na altura fruto proibido, li várias obras de Jorge Amado, em que a versão brasileira do Português de Portugal se mostrou interessante pela temática social, pela poesia na formulação de ideias, talvez mesmo pela liberdade apresentada a quem acabando de ser causticado nos bancos escolares por dissecadores gramaticais que, esgravatando no corpo e alma dos textos de então consagrados autores Portugueses, conseguiram criar uma atitude de desinteresse, por vezes de aversão.

Muitos anos mais tarde deliciei-me com a leitura de uma pequena maravilha “O meu pé de laranja lima” de um outro brasileiro, o José Mauro de Vasconcelos.

Não será verdade que leio vários livros ao mesmo tempo, mas mantenho muitas vezes em fase de leitura dois ou três livros daqueles que não nos prendem, com os quais não há pressa em chegar ao fim.
Uns são de contos ou crónicas que pela crueza de cada episódio podem esperar a chegada da hora certa para nos ilustrarem; outros contêm normas e regulamentações que se faz bem em conhecer mas que pela sua prosa tórrida não permitem prolongadas refeições.

Destes últimos tenho vagarosamente lido um livrinho de João de Araújo Correia denominado “A Língua Portuguesa”, um colectânea de crónicas de um nortenho, incansável lutador da pureza da língua-mãe e acérrimo antagonista das tropelias linguísticas praticadas em terras de mouros, ou seja em Lisboa.
Esquece JAC que os analfabetos lisboetas são na sua maioria emigrantes vindos do norte e nordeste do território e que para cá trouxeram os seus vocábulos, as suas fonéticas e a sua ignorância.

Diz JAC muitas verdades, chama atenção para erros fonéticos e gramaticais qual epidemia que depressa se espalhou pela população nativa e outra, mas é repetitivo e chato.
Vou lutar até ao fim.

As sociedades evoluem e as línguas também.

Manter hoje fechada a língua tal como falada e escrita no virar do século XIX ou XX seria uma atitude isolacionista não só inqualificável como também totalmente inoperante.

Bastaria que JAC um dia cogitasse sobre a língua tal como praticada em Portugal na Idade Média ou mesmo hoje por grande parte da população analfabeta para que se inteirasse da enormidade das suas teses.

A função básica da fala e da escrita foi e continuará a ser a de uma ferramenta de comunicação.

A poesia da língua Brasileira é sem dúvida produto de uma mestiçagem e não haverá, felizmente, nem tratado nem reforma que ponham travão na sua liberdade evolutiva.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo.

EDITORIAL
Temas e Debates
– Mendonça Júnior,
e-mail: mendoncajunior24@gmail.com
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