José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Friday, July 31, 2009

O RETORNO DO LUSO-EMIGRANTE


(*) José Pegado «jjop28@hotmail.com» 2009-07-09

O tema do Luso-Emigrante toca-me de perto e constitui assunto que deveria merecer muito mais atenção por parte dos que sempre cá estiveram, os que eu chamo de indígenas.

Este tema só pode ser abordado pelo uso de comparativos e eu, por ter muito viajado e mesmo ter residido por largas temporadas em países tais como Suécia, Brasil, Suíça, USA e Espanha sinto-me à vontade para os usar como escala de comparação.
Essa área é tanta que se torna difícil referencia-la numa ideia da problemática de uma só página.
Contudo ouso sintetiza-la em termos das citadas vivências.

Como é sabido o jovem que um dia sai de Portugal e vai viver e crescer noutro país e noutra cultura, encontra pela frente uma série de dificuldades que ele regra geral sabe vencer graças certamente à energia que o fez quebrar amarras e conscientemente ir de encontro à aventura e ao desconhecido.

Um desconhecido que não sendo nada comparável com o que os nossos marinheiros do século XV tiveram de enfrentar, mesmo assim significa um acto isolado de pesquisa do novo meio ambiente e de si próprio.
Ele vale pelo que é, pelo que demonstra ser e não pela imagem, força de um grupo ou de família.

As razões que levam o Luso-Emigrante a deixar Portugal e entrar noutra cultura mais evoluída são fundamentalmente ligadas ao trabalho e ao desenvolvimento profissional, partindo do princípio que o destino fosse o de um país mais evoluído do que Portugal.

Deve também acrescentar-se que regra geral o Português é bem comportado, é sociável, tem facilidade de aprendizagem e adaptação e torna-se muitas vezes membro válido na comunidade de acolhimento.

Durante o tempo de permanência, e independente da sua arte, conhecimentos e profissão o Luso-Emigrante vai abrir os olhos para um sem número de novidades e realidades:

Vai encontrar ajuda desinteressada e menos burocracia.

Vai ouvir menos promessas e constatar mais cumprimentos.

Vai aprender a trabalhar em grupo e com objectivos bem definidos.

Vai aprender a assumir responsabilidades claramente delegadas.

Vai aprender como organizar o trabalho e a sua vida.

Vai ser remunerado pronta e honestamente.

Vai evoluir por mérito reconhecido.

Vai aprender a ser respeitador de leis em geral e de regras de trânsito em particular.

Vai formar e desenvolver família.

Vai fazer férias em Portugal.

Vai investir em Portugal.

Vai voltar e querer participar e modernizar Portugal.

Vai ser mal recebido, e mal utilizado e vai desesperar.

Vai desistir e se puder volta ao país de acolhimento onde de resto vivem e trabalham seus filhos.

O Luso-Emigrante que ao fim de 20 a 30 anos de trabalho e cidadania numa comunidade mais evoluída regressa a Portugal.
É por definição um indivíduo de formação cívica e profissional superior àquela que tinha à saída e constitui sem margem de dúvida uma mais valia que nada custou ao País, isto sem contar com as tradicionais remessas que foram feitas no decorrer dos tempos.

Portugal conta com aproximadamente 1 milhar de Luso-Emigrantes social e profissionalmente formados dos quais algumas boas centenas estariam qualificados e disponíveis para renovar este País mas tal não acontece porque os indígenas que cá ficaram regra geral olham para eles com inveja e desconfiança.

Os instalados (governo, partidos políticos, funcionários públicos e sindicatos) sentem-se provavelmente ameaçados na tranquilidade dos seus direitos adquiridos, na sua incompetência e na sua intangibilidade, e é evidente que não interessa ter por cá Luso-Emigrantes que à maneira dos Retornados de África só vêm chatear e abanar estruturas velhas, roídas de caruncho sim, mas orgulhosamente deles.

A vida é curta, pensam os indígenas: “não vale a pena virem para cá agora com modernices”… já temos telemóveis da última geração e dentro em pouco vai estar um Magalhães em casa de cada Português.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo.
Hoje tem dupla nacionalidade: é um Luso – Suéco.

NOTA 1: SENADO NEWS achou por bem desmistificar a ideia corrente, de alguns anos atrás, que os emigrantes portugueses, como regra, chegavam lá de “mala de cartão”, eram uma fonte de invisíveis para Portugal e regressavam, por força da saudade, construindo nas suas raízes uma casa fruto do trabalho e dedicação profissional, onde acabavam os seus dias.

Nota 2: Entretanto os “Ventos da História”, cada vez mais fortes, passaram a soprar numa outra direcção. Muitos, por força dos seus legados familiares que vão crescendo e multiplicando nos Países que os receberam… e avançada idade, acabam por vender os seus bens em Portugal e juntar-se aos seus no estrangeiro.

EDITORIAL
Temas e Debates
– Mendonça Júnior, site: http://mendoncajunior.blogspot.com/ e-mail: mendoncajunior24@gmail.com
– Senado News, site:
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