José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
Esta tese é enviada por http://senadonews.blogspot.com/ podendo ser correspondida pelo e-mail senadonews@gmail.com ou pelo correio postal: União Ibérica, Av. Bombeiros Voluntários, 66, 5º Frente, 1495-023 Algés, Portugal; Tel: 00 351 21 410 69 41; Fax: 00 351 21 412 03 96.

Pesquisá pelo google.pt ou pelo sapo.pt

Tuesday, April 28, 2009

EMIGRAÇÃO DOS PORTUGUESES (XVIII)


Carta do Alentejo.


(*) José Pegado


O ano de 2008 vai ser recordado por coisas notáveis que aconteceram, umas esperadas e que acabaram por acontecer e outras com as quais bem teríamos passado sem elas.

Para nós o ano começou quando ainda estávamos na Suécia e que uma parte do tempo era gasto com passeios e visitas a familiares e a amigos e outra no roteiro das inevitáveis compras de consumíveis alimentares e nas lides da casa do nosso filho Johan em Finspang onde estávamos hospedados.

No dia 15 de Março viemos a Portugal, deixamos Nykoping na Suécia com 10 C, e fomos recebidos no Porto em casa de um amigo que nos acolheu da igual inexcedível maneira como da nossa anterior viagem para a Suécia.
Fomos a Vilamoura onde ao sabor de uma pequena ondulação baloiçavam umas boas centenas de embarcações de luxo, algumas de custo muito superior ao de uma vivenda das que por lá também abundam, algumas anunciadas para venda entre 4-5 milhões de Euros.

Em Junho passamos as duas primeiras semanas de novo na Suécia para participar na celebração dos aniversários e dos tradicionais festejos do fim do curso ginasial dos nossos dois netos: genuínos cidadãos da Suécia.

Em Julho regressamos à nossa casa no Alentejo que continua para venda.

Em Setembro tivemos a visita do nosso filho Martin acompanhado da sua noiva Maria (Sueca) que vieram até nós como representantes e emissários dos três irmãos para abrilhantar a passagem dos seus pais: os 75 anos de Elly minha mulher e os meus 80.

Faz-nos sempre alguma confusão quando nos encontramos com velhinhos Portugueses de 65-70 anos muito coitadinhos e sentados em vez de estarem aos pulos, corrida e gritos no relvado como nós Luso-Suécos.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo. Hoje tem dupla nacionalidade: é um Luso – Suéco.

NOTA1:
SENADO NEWS achou por bem desmistificar a ideia corrente, de alguns anos atrás, que os emigrantes portugueses, como regra chegavam lá de “mala de cartão”, eram uma fonte de invisíveis para Portugal e regressavam, por força da saudade, construindo nas suas raízes uma casa onde acabavam os seus dias.
Actualmente, pelo trabalho, formação profissional e suas descendências, adquirem estatos privilegiados de não retorno conforme terminamos nesta série de 18 artigos
Nota 2: Entretanto já nos finais do século vinte os “Ventos”, cada vez mais fortes, passam soprar numa outra direcção em que o factor Luso começa a ser perturbado por força de legados familiares que vão crescendo, nos Países que receberam os seus progenitores emigrantes.
NOTA 3: Finalmente grande parte dos nossos emigrantes por lá vão criando novas raízes onde a SAUDADE LUSA se vai dissipando através da avançada idade.

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Tuesday, April 21, 2009

TERRORISMO

(*) Uma notícia publicada na internet por sapo-pt.

Um auto do juiz Baltasar Garzón, de Julho de 2008, menciona a presença em Portugal do recém-capturado líder militar da ETA, Jurdan Martitegi Lizaso, referindo que o objectivo era instalar uma base da organização no país.
Nesse documento de "diligências prévias", obtido hoje pela Lusa, Garzon sustenta que Martitegi e Arkaitz Goicoechea (então seu companheiro no comando Vizcaya, um dos mais activos da ETA) estiveram em Portugal em 2007, a mando de Garikoitz Aspiazu (Txeroki), na altura responsável militar pela ETA.
"Receberam ordens para realizar um estudo de possíveis infra-estruturas em Portugal, com o objectivo de estabelecer ali uma base permanente de actuação", lê-se no auto de Garzon."
Para isso deslocaram-se à zona de Lisboa, onde alugaram casas, roubaram informações e veículos, incluindo o Seat Ibiza usado para fugir do atentado contra a Casa Quartel de Durango, tendo ainda preparado placas de matrícula falsas", refere ainda o documento do juiz espanhol.
No auto, Garzón decreta a prisão preventiva e incondicional de vários líderes da ETA, detidos em 2008, entre os quais Goicoechea. Fontes policiais espanholas confirmaram hoje à Lusa que Jurdan Martitegi Lizaso terá passado vários meses em Portugal, na Primavera e Verão de 2007, quando colaborava com o comando Vizcaya, um dos principais da organização terrorista basca. As mesmas fontes policiais disseram que "há indícios bastante fortes" de que Martitegi "esteve em Portugal (...) alguns meses", na Primavera e Verão de 2007, estando ainda "a ser investigadas" as circunstâncias dessa estada.
"Tem-se falado pontualmente da possível tentativa da ETA instalar uma infra-estrutura logística em Portugal.
Mas até ao momento, além de alguns movimentos logísticos, como o roubo de carros, não há qualquer outro indício de que isso tenha acontecido", sublinhou uma fonte da luta anti-terrorista em Madrid. As mesmas fontes dizem não saber o que Martitegi esteve a fazer em Portugal, escusando-se a confirmar a zona do país onde poderá ter estado.
No entanto, fontes policiais portuguesas ouvidas pela Lusa em Madrid reiteraram que até hoje, "não foi encontrado qualquer indício que aponte ou sugira a criação mínima de qualquer infra-estrutura".
"Sabe-se que essa possibilidade chegou a ser planeada, há documentos da ETA onde isso se sugere, mas o projecto não avançou. Membros da ETA estiveram em Portugal e houve carros portugueses usados em acções, mas nada mais do que isso", afirmaram as fontes.
A visita a Portugal do líder militar da ETA, capturado no fim-de-semana em França, ocorreu numa altura em que Martitegi liderava o comando Vizcaya com Arkaitz Goikoetxea.
O comando Vizcaya acabou por ser o que mais atentados cometeu em Espanha, entre Fevereiro de 2007 e Junho de 2008, altura em que foi desarticulado.
Tags:
Globo, Europa
(*) Notícia referenciada por Lusa 2009-04-21, Hoje, 1207674

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Saturday, April 18, 2009

MISCELÂNEA (X)


(*) Mendonça Júnior
Há relativamente pouco tempo resolvi “dar uma olhada” aos “comentários de notícias, publicadas em alguns jornais, na Internet. Para o efeito preenchi os respectivos registos, como era pedido, para poder “entrar” e colaborar de igual modo. Nos meus comentários – que envio simultaneamente para todos os jornais onde estou registado – “dou a cara” assinando em vez de um pseudónimo: «MENDONÇA JÚNIOR, Coronel de cavalaria», como sempre faço, em quaisquer das minhas públicas manifestações.
*
31 – Refere-se a um caso posteriormente identificado:
MENDONÇA JÚNIOR, Coronel de Cavalaria
Finalmente consegui descobrir a identidade do comentarista que se identifica com aukistuxego através de um seu amigo a quem lhe tinha prometido segredo.
Isto vem a propósito de uma resposta minha, assinada “MENDONÇA JÚNIOR, Coronel de Cavalaria”, para si chamando-me (burro de cavalaria) na quinta feira 8 de 7 de Janeiro de 2009.
Mais o seu amigo me disse que o sr. não tem posses financeiras para “comer caviar” todos os dias como aconselha, no seu comentário os portugueses no momento que tanto estão sofrendo com a crise que estamos atravessando aconselhando-os:“ comprem menos caviar”.
Sugiro-lhe que se identifique com outra “passe palavra”, dado que tenho lido comentários seus de grande relevo. Porém da maneira que referi está, no mínimo a desconsiderar o EXPRESSO que nos proporciona tão louváveis opiniões.
Entretanto dou o assunto como terminado desejando-lhe um Bom Ano.
*
32 – Após a sua retratação na internet:
Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria.
Meu caro aukistuxego
Gostei da resposta do Sr. Sérgio Machado. É um verdadeiro cavalheiro. Pelo tom dos nossos futuros comentários todo o mundo saberá distinguir os nossos dos fraudulentos.
Com os melhores cumprimentos.
*
33 – Refere-se ao caso Maddie McCann:
Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria
Porque não submeter o caso à legislação portuguesa?
– Código Penal, Artigo 138.º (Exposição ou Abandono).
1. Quem colocar em perigo a vida de outra pessoa:
a) expondo-a em lugar que a sujeite a uma situação
de que ela, só por si, não possa defender-se, ou
b) abandonando-a sem defesa, sempre que ao agente
coubesse o dever de a guardar, vigiar ou assistir;
“o agente é punido com pena de prisão de 1 a 5 anos”.


2. Se o facto for praticado por ascendente: “o agente é punido com pena de prisão de 2 a 5 anos”.

3. Se do facto resultar:
a) Ofensa à integridade física grave;
“o agente é punido com pena de prisão de 2 a 8 anos”.
b) A morte;
“o agente é punido com pena de prisão de 3 a 10 anos.

Resta a decisão entre a Lei e a Dor.
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(*) Coronel de Cavalaria
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Monday, April 13, 2009

RAMALHO EANES COMENTA


Foi com o título de “LA caída del império americano” – que Senado News condensou, uma interessante crónica, aqui em síntese, de Moisés Naím publicada na internet no EL PAÍS, em 8 de Março de 2009 – que mereceu do Ex- Presidente da República de Portugal, 1976/86, uma oportuna observação, através de uma carta, 06/04/09, ao Coronel José Maria de Mendonça Júnior, aqui também reproduzida em itálico.

Por lembrança: Moisés Naím divide a sua crónica em cinco parágrafos:

– …começa apontando os E.U.A. como a poderosa figura do passado… esto se acabó. La superpotência estadounidense está en caída libre.

– Refere que a actual situação é mundial mas adverte: Recientemente se puso de moda la idea de que los países emergentes del llamado grupo BRIC – pp – Brasil, Rusia, India y China-junto a otras naciones asiáticas, y com una Unión Europea unida y revitalizada, se constituirían en un inevitable contrapeso a Washington.

– Mas constata: El sector financiero será más estrechamente regulado. La seguridad social será fortalecida la desigualdad económica combatida, el Estado pesará más en la economia y la lucha contra el calentamiento global, intensificada.

– …acredita em Barack Obama… está dispuesto a usar todos los recursos de su país para reactivalo tanto económica como social, tecnológica y politicamente.

– E termina: El êxito no está garantizado. El intento si.

A CARTA DE ANTÓNIO RAMALHO EANES:

Recebi o teu MISCELÂNEA (IX), que agradeço.
Muito interessante é a crónica de Moisés Naim.
A verdade, que ele só implicitamente refere, é que o mundo enfrenta uma situação policrísica, na qual a crise de liderança geopolítica tem relevância.
Se a liderança geopolítica, como pretende Brezinsky, exige a supremacia mundial na economia e finanças, na ciência, na investigação, na tecnologia, nas questões militares e na cultura, claramente se vê que:

– Pelo menos, a situação económica-financeira dos EUA já não é de molde a conceder-lhe aquela liderança universal;

– Nenhum outro país – os do grupo BRIC incluídos, todos eles também, em manifesta situação policrísica – poderá verdadeiramente aspirar a hegemonizar geopoliticamente o mundo, pelo menos nas próximas décadas.

Creio bem que a recuperação dessa liderança continua, teoricamente, apesar de tudo, ao alcance dos EUA.
Ao alcance está também da União Europeia, se ela conseguisse vontade e liderança, políticas, para se tornar um espaço de verdadeira unidade política.

Cumprimentos e um abraço amigo do
A Eanes

NOTA: A publicação desta carta foi, com a devido vénia, foi autorizada a ser publicada no SENADO NEWS.

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Saturday, April 11, 2009

EMIGRAÇÃO DOS PORTUGUESES (XVII)


Carta do Alentejo, Inverno de 2008.
(*) José Pegado
Confortavelmente sentado na minha cadeira preferida, agora já em Portugal, continuei a recordar, as minhas reflexões – citadas nos artigos anteriores e agora finalizadas – em termos da nossa intraduzível palavra SAUDADE, o passado de:

UM EMIGRANTE LUSO-SUECO
Regressar é sempre muito relativo e depende da posição de cada um de nós em relação a origens, outros lugares por que passamos e outras gentes com quem convivemos.
Somos todos muito influenciados pelas experiências de vidas passadas, e quantos mais lugares, gentes e acontecimentos vividos, acabamos por ficar mais confusos relativamente a origens e lealdades a uns e outros.
Ainda que não tenha sido o objectivo principal destas reflexões apresentar diferenças entre os meus países de origem e de adopção, tais diferenças tornam-se evidentes pelos meus relatos e opiniões.
Quando as escolhas se limitam a preto ou branco ou a sim ou não as decisões têm de ser muito bem pensadas pois que na base existe um pressuposto de pontes queimadas. Felizmente assim não é.

O que em geral se procura é uma via realista e egoísta ainda que moralmente defensável.

Para nós viver em Portugal não apresenta problemas de maior.
Conhecemos bem a língua e os costumes, temos amigos de boa qualidade e em número suficiente, apreciamos a cozinha portuguesa, vivemos num lugar excepcionalmente agradável, gozamos de boa saúde e levamos uma vida saudável com ocupações de nosso pleno agrado.

Então o que nos falta?
Falta-nos a facilidade de em pouco tempo e com pouco custo
podermos estar junto da família mais chegada.
Falta-nos a certeza de sermos rápida e correctamente atendidos numa situação de acidente ou de saúde mais fraca.
Falta-nos uma desejada proximidade a actividades culturais que Cercal, Sines, Odemira e Santiago não podem oferecer.
Falta-nos a Antena Dois, de um rádio plena de música clássica, leituras e conversas inteligentes. Na Suecia o Canal 2 tem pouca música e muita conversa.

As grandes diferenças entre Portugal e Suecia que eu senti e notei quando para cá vim, faz agora mais de 50 anos, continuam em tudo o que depende do clima e da formação básica das populações que se reflecte na habilitação profissional e na consciência de deveres e de direitos cívicos.

Não aprofundarei estes últimos pontos para não ferir sensibilidades nacionalistas e para não ter de retorquir que em tudo e todos existem excepções. Falo de generalidades, falo de maiorias, falo de estatísticas, pois são estas as cores com que no fim de contas se faz o quadro.

Tenho imensa pena das crianças em idade escolar que não têm hoje pais que as eduquem no sentido cívico de se tornarem membros sérios e participantes da sociedade em que vivem.
Tenho pena dos professores que de mãos e bocas atadas por directivas enunciadas por falsos profetas não podem exigir melhor comportamento, mais atenção e melhores resultados do seu trabalho.

Culpa-se a escola pela falta de educação e de sentido cívico nas crianças adolescentes quando a função básica da escola é a de transmitir conhecimentos.

Educação cívica e a prática dos direitos fundamentais e responsabilidades… é tarefa fundamental dos pais.

Tenho pena do desperdício e da despesa que tal desperdício acarreta pois esse dinheiro mal gasto faz muita falta noutros sítios.
Tenho medo e pena da sociedade que virá a emergir quando tais adolescentes, hoje mal formados, vierem amanhã a ocupar cargos na administração das empresas e instituições dos respectivos países.

O que poderá acontecer num futuro não muito distante... será que os mal formados serão tantos que grande parte do voto e das intenções democráticas será perdida em agrupamentos de mal-conformados.

Este é um grave problema que hoje atinge a maioria dos países, mais desenvolvidos e principalmente aqueles onde anteriormente se desenvolveu muito esforço no sentido de educar e democratizar as populações pois nelas se instalou a falsa concepção que democracia é o poder do povo, que democracia é o direito de cada um dizer e fazer o que quer sem se preocupar com a outra face do enunciado, aquela que apela à responsabilidade e à solidariedade.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo. Hoje tem dupla nacionalidade: é um Luso –Suéco.

NOTA 1: SENADO NEWS achou por bem desmistificar a ideia corrente, de alguns anos atrás, que os emigrantes portugueses, como regra chegavam lá de “mala de cartão”, eram uma fonte de invisíveis para Portugal e regressavam, por força da saudade, construindo nas suas raízes uma casa onde acabavam os seus dias.
Actualmente, pelo trabalho, formação profissional e suas descendências, adquirem estatos privilegiados de não retorno conforme o que temos vindo a publicar nesta série de 18 artigos

Nota 2: Entretanto já nos finais do século vinte os “Ventos”, cada vez mais fortes, passam soprar numa outra direcção em que o factor Luso começa a ser perturbado pela força dos legados familiares nascidos, e que vão crescendo e multiplicando, nos Países que receberam os seus progenitores emigrantes.

NOTA 3: Finalmente grande parte dos nossos emigrantes por lá vão criando novas raízes onde a SAUDADE LUSA se vai dissipando através da avançada idade.

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Thursday, April 02, 2009

O SOLDADO MILHÕES


(*) Mendonça Júnior

Em 22 de Outubro de 2005 publiquei aqui, no SENADO NEWS um dos meus quatro blogues, um longo artigo intitulado IDIOSSINCRASIAS DOS PORTUGUESES.
Objectivo foi tentar esclarecer a verdade histórica da «raça lusa» em termos de “como eramos” contrapondo ao hoje “como somos”.

Em defesa desta diferença exemplifico-a com a GUERRA – onde a espécie humana revela, ao mais alto grau, a nobreza das suas possibilidades de sobrevivência – através de dois acontecimentos vividos pelos portugueses.

Como eramos: refere-se «Aos tempos de antanho: «… desde a fundação do nosso querido país em 1143 até pouco mais de metade do século XVI – da era do ouro, do marfim, das especiarias e da expansão da Fé Cristã – os portugueses eram valentes, determinados, orgulhosos e tementes de Deus. A tal ponto que expandiram Portugal do Minho a Timor….»

Subitamente a partir dessa data a quase totalidade da raça lusa “morreu” para o oposto em tais termos que «…Portugal de hoje ocupa o último lugar de quase todos os índices dos países da Europa…»

Cheguei à conclusão que essa diferença tem um fundo genético proveniente de uma catastrófica perda resultante da batalha de Alcácer Quibir em 1578 - um dos desertos do Norte de África – onde «…a raça lusa de antanho…» se perdeu.
Ninguém regressou da Luzidia Armada que Dom Sebastião levou para lá combater os “infieis”.

Por cá ficaram os juvenis e os dos ventres maternos:
Graças a estes, que calculei em cerca de 5% dos actuais portugueses, inclusive os que decidem emigrar, posicionam-se os melhores do panorama mundial e são os grandes responsáveis pela sobrevivência de Portugal.
Há os de todas as classes sociais e de todas as profissões.

Dentre nesses 5% apontamos o exemplo de Aníbal Augusto Milhais:
Homem baixo, 1 metro e 55 centímetros. Testa inteligente. Olhar penetrante Rosto simpático com farto bigode semi-grisalho.
Chegada a hora da tropa foi incorporado no regimento de Chaves.
Em 1917 partiu para a frente de combate.
Um ano depois, chegava o grande momento, o da batalha de La Lys, em Flandres.

O dia preciso: 9 de Abril de 1918.

Rezam as crónicas que uma força a portuguesa se viu atacada pelos alemães.
A nossa força chegou a ser destroçada e a situação era a pior possível.
Muitos portugueses foram mortos e os sobreviventes obrigados a retirar.

O soldado Milhais viu-se sozinho numa trincheira e, então, ergueu-se de metralhadora Lotz, em punho, e varreu uma coluna de alemães que vinham em motocicletas.
Terá feito o mesmo às colunas de “boches” que entretanto surgiram.
Parece que os alemães terão julgado que, em vez de um camponês sozinho, enfrentavam um fortíssimo regimento de portugueses e ingleses.
Mas, afinal, era apenas Milhais e a sua querida «Luísa», nome da metralhadora.
O acto isolado deste soldado permitiu aos aliados tomar posição trinta e tal quilómetros mais atrás.

Chegado ao acampamento, Milhas foi efusivamente abraçado pelo seu comandante o general Tamagnini de Abreu e Silva:
«Tu és Milhais, mas vales Milhões».

Por causa deste feito Milhões recebeu a Ordem de Torre e Espada de Valor Lealdade e Mérito, em Isberg.

Perante o soldado, que no fundo, era apenas um homem simples e grande contador de histórias, desfilaram «em continência» 15 mil soldados aliados. Depois de terminada a Guerra, o soldado recebeu outras condecorações portuguesas e estrangeiras.

Como somos: o segundo acontecimento teve lugar na « Grande Guerra de 14/18. Houve várias revoltas da tropa do Corpo Expedicionário Português-CEP, quando recusava reocupar a frente dos aliados, que estava à sua guardada, depois de derrotadas nas decorrentes batalhas…».

Reporto a mais grave:
«…o Batalhão de Infantaria 7 que se entrincheirou defensivamente nas casas das aldeias onde estava estacionado. De lá tiveram de sair, desarmados, depois do general Tamagnini os ter cercado e mandado que a artilharia tomasse posições para bombardear as casas. Pelas 17H00 os revoltosos entregaram-se. O Batalhão foi dissolvido e os militares transportados em camiões para Nouex-les-Mines onde passaram a constituir um depósito disciplinar.

Em 9 de Abril os alemães atacaram a 2ª Divisão que vencida, nessa bolsa criada na frente, por tropas inglesas. Nessa madrugada e manhã fatídicas para o Exército Português houve uma quantidade exagerada de 6.585 prisioneiros portugueses em relação a 614 mortos.

Em 22 de Abril o comando do 1ºExército britânico decidiu unilateralmente dispensar as tropas do CEP.

Como eramos: refere-se aos “Davides” que já fomos…
Como somos: refere-se aos “Golias” que agora somos…

Perante estes dois exemplos creio ter justificado a culpa da GENÉTICA.

(*) Coronel de Cavalaria

As minhas fontes
- Suplementos editados pelo Diário de Notícias intitulados «Portugal, Grande Guerra, 1914-1918, 85 anos da batalha de La Lys.
- O soldado Milhões crónica editada pela na revista «COMBATENTE» de Setembro de 2008, página 23, edição 345.
- As figurações entre aspas «…» e em itálico são respeitantes a algumas passagens mais sugestivas.

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