José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
Esta tese é enviada por http://senadonews.blogspot.com/ podendo ser correspondida pelo e-mail senadonews@gmail.com ou pelo correio postal: União Ibérica, Av. Bombeiros Voluntários, 66, 5º Frente, 1495-023 Algés, Portugal; Tel: 00 351 21 410 69 41; Fax: 00 351 21 412 03 96.

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Tuesday, March 31, 2009

EMIGRAÇÃO DOS PORTUGUESES (XVI)


Carta do Alentejo.
(*) José Pegado

Acabamos inevitavelmente por constatar que todos eles se encontram mais velhos e mais cansados.
Foi então que confortavelmente sentado na minha cadeira preferida, agora já no Alentejo continuei a recordar, por ordem cronológica, em termos da nossa intraduzível palavra saudade, o passado de:

– UM EMIGRANTE LUSO-SUECO
Com a chegada do ano 1978,
e com o aproximar dos meus 50 surgiram pensamentos e ideias que se dizem ocorrer nestas idades… o síndrome dos anos 50.
Levantam-se perguntas e respostas do tipo:
Estás satisfeito com a tua presente situação nas áreas profissional, particular e familiar ou não será esta a altura de travar e tomar novo rumo.
Qual? Com que consequências?

As respostas não eram difíceis de formular:
A minha posição na empresa em Finspang era estável interessante mas não havia grandes hipóteses de alcançar níveis mais elevados dado que sempre haveria candidatos, Suecos de gema e com qualificações iguais ou superiores às minhas.
A hipótese que restava seria eliminar toda e qualquer concorrência escolhendo um objectivo no qual ninguém mais me pudesse igualar e foi assim que acabei executando um estudo sobre o desenvolvimento dos mercados internacionais.
O projecto de desenvolvimento por mim apresentado despertou muita atenção e não foi difícil convencer a Stal-Laval da minha proposta.

Foi assim que em Janeiro de 1980, depois de vendermos a moradia em Finspang, eu, a minha mulher Elly e o meu filho Martin, na altura com 12 anos, deixamos a Suecia e mudamo-nos para Portugal.
Os mais velhos ficaram na Suecia: Ingeborg, na altura com 25 anos, independente e totalmente afastada dos nossos padrões de vida; Erik, com 22 anos, já tinha feito o serviço militar e estava empregado como engenheiro numa das indústrias em Finspang; Johan, com 20 anos, estava a terminar o seu serviço militar e tinha lugar assegurado na empresa KL de quadros e instalações eléctricas onde antes trabalhava.

Na Primavera de 1983 resolveu a empresa na Suecia terminar a Missão Ibérica e deram-me ordem de regresso à Suecia para logo depois seguir viagem para dirigir o escritório de Jacarta na Indonésia.
A proposta não me agradou, poderia ter consequências desagradáveis: pelo menos para o Martin que nessa altura já estava no nono ano da AIS-L e de resto o trabalho iniciado em Portugal e Espanha estava a dar bons resultados e não devia ser interrompido.
Recusei o convite e como tal fui de imediato chamado à sede em Finspang para esclarecimento da minha negativa do que resultou a minha inesperada saída dos quadros da empresa passando então a colaborar em regime de consultadoria durante mais dois anos.

Foi assim que eu depois de 29 anos (não contando o ano que estive na Mague) me vi pela primeira vez a braços com uma situação de desempregado.

Os anos como engenheiro consultor foram financeiramente muito interessantes e de tal modo que eu em Setembro de 1988 com a idade de 60 anos resolvi optar por uma reforma antecipada e cuidar de mim, da família e da casa que tínhamos construído na Areia em 1984, junto da Praia do Guincho, a uns poucos quilómetros ao Norte de Cascais.

Dez anos mais tarde, em fins de 1988 vendemos essa casa e pensávamos um regresso à Suécia.
Os planos acabaram totalmente invertidos e o que fizemos foi comprar um terreno no Alentejo, a uns 6 km ao Sul da Vila do Cercal e aí construir uma nova moradia.

Hoje, 2008, passados 54 anos desde a minha chegada aquelas terras podemos constatar a existência de um legado Oliveira Pegado na Suecia de 4 filhos e nove netos e mais poderão surgir.

Entretanto, na medida que os dias iam passando, estivemos junto com os amigos dos velhos tempos de Portugal.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo. Hoje tem dupla nacionalidade: é um Luso –Suéco.

NOTA 1: SENADO NEWS achou por bem desmistificar a ideia corrente, de alguns anos atrás, que os emigrantes portugueses, como regra chegavam lá de “mala de cartão”, eram uma fonte de invisíveis para Portugal e regressavam, por força da saudade, construindo nas suas raízes uma casa onde acabavam os seus dias.
Actualmente, pelo trabalho, formação profissional e suas descendências, adquirem estatos privilegiados de não retorno conforme o que temos vindo a publicar nesta série de 18 artigos.

Nota 2: Entretanto já nos finais do século vinte os “Ventos”, cada vez mais fortes, passam soprar numa outra direcção em que o factor Luso começa a ser perturbado pela força dos legados familiares nascidos, e que vão crescendo, nos Países que receberam os seus progenitores emigrantes.

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Thursday, March 26, 2009

MISCELÂNEA (IX)


(*) Mendonça Júnior.

Foi com o título de “ LA caída del império americano” que condensei, com a devida vénia, uma oportuna e muito interessante crónica, de Moisés Naím publicada na internret no EL PAÍS, em 8 de Março de 2009, que aqui transcrevo, em itálico, algumas das suas opiniões.

26 – Naín começa apontando os E.U.A como a poderosa figura mundial do passado: Esto se acabó. La superpotencia estadounidense está en caída libre. La economía en bancarrota, sus bancos en barrena, deudas por las nubes, sus industrias manufactureras derrotadas por los rivales del Lejano Orientey y sus ejércitos empantanados en países que no entienden y enfrascados en una guerra a muerte contra terroristas globalizados a quienes entienden aún menos. Ésta es, en apretado resumen, una visión que se está popularizando acerca de la situación y perspectivas de Estados Unidos y de su papel en el mundo.

27 – Refere que a actual situação é mundial: Pero la realidad es que la crisis ha golpeado a todos estos países más que a Estados Unidos: Recientemente se puso de moda la idea de que los países emergentes del llamado grupo BRIC – pp -Brasil, Rusia, India y China- junto a otras naciones asiáticas, y con una Unión Europea unida y revitalizada, se constituirían en un inevitable contrapeso a Washington. Pero la realidad es que la crisis ha golpeado a todos estos países más que a Estados Unidos.

28 – Mas constata: Es obvio que la economía, la influencia y el prestigio de Estados Unidos están pasando por uno de los peores momentos que puedan recordarse: Pero es igualmente obvio que sus rivales también están atravesando por una muy mala racha. El sector financiero será más estrechamente regulado, la seguridad social será fortalecida, la desigualdad económica combatida, el Estado pesará más en la economía y la lucha contra el calentamiento global, intensificada.

29 – Moisés Naím acredita em Barack Obama: Pero de lo que no hay duda es de que el nuevo presidente está dispuesto a usar todos los recursos de su país para reactivarlo tanto económica como social, tecnológica y políticamente. Tampoco hay dudas de que el Gobierno de Obama impondrá profundos cambios al modelo socioeconómico que ha imperado en Estados Unidos durante décadas.

30 – Pero de lo que no hay duda es de que el nuevo presidente está dispuesto a usar todos los recursos de su país para reactivarlo tanto económica como social, tecnológica y políticamente. El éxito no está garantizado. El intento sí.

(*) Coronel de Cavalaria
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Monday, March 23, 2009

A VERDADE ORTODOXIA E DIALÉCTICA


(*) José Cruz Abecasis
Pronunciou, em 7 de Maio de 1978 na sessão POLÍTICA DO PDC no Coliseu dos Recreios um inesquecível discurso do qual extrapolamos, aqui no SENADO NEWS, alguns extractos do mais elevado valor patriótico do Notável Português.

«A verdade mostra-nos quanto tem sido possível levar a cabo contra uma entidade nacional, nos últimos anos, um atentado contra a vocação histórica de Portugal e a sua individualidade inconfundível na história da Europa e do Mundo».

É tempo de se dizer que, à data de 25 de Abril de 1974 a ordem social estava entre nós subvertida pela incompetência e pela corrupção – no meio civil como na instituição militar!
A predominância dos interesses pessoais sobre o interesse nacional – intencionalmente confundido e desvirtuado – era escândalo quotidiano numa ocasião grave da vida da nacionalidade e grande número dos portugueses mais aptos neglicenciavam, já a dedicação e sacrifício pela sua Pátria, já a verdade que os atemorizava e confiavam numa generosa providência que lhes preservasse o tranquilo usufruto de bens supérfluos, de vidas sem nobreza.

Esta sociedade decadente era observada pelo seu grande e oculto obreiro – o imperialismo comunista internacionalista.
Sentindo-se com direitos inalienáveis, não deixaria a sua vitória em mãos alheias, por isso, e de acordo com a ortodoxia dialéctica marxista, lançaria no momento apropriado o «salto qualitativo brusco».
O momento histórico chegou em 25 de Abril de 1974.

Portanto, à data de 25 de Abril de 1974, não há uma rotura com o passado próximo mas sim uma precipitação de acontecimentos que se inserem na evolução estudada e programada pela estratégia da revolução mundial vermelha, pelas altas esferas das internacionais comunistas.
Sem efusão de sangue conquistara-se uma vitória só comparável – nas suas últimas consequências – à da Conferência de Yalta de 3 de Fevereiro de 1945!

Para esta vitória trabalhara o Partido Comunista clandestinamente implantado na sociedade portuguesa desde a Guerra de Espanha.

O regime cai sem ter quem o defenda e os novos «príncipes» implantam na chefia política e na administração as normas pelas quais se presidiam de há longos anos, usando-as agora como antídoto eficaz para a eliminação de um nacionalismo que sempre tinham odiado!

Dentro da mais ousada dialéctica marxista exaltava-se o nacionalismo de terroristas criminosos de delito comum e alguns quiçá antropófagos, para se aviltar a memória de Nun´Alvares e profanar a Espada de Mouzinho. Ainda que fosse evidente virem a resultar centenas de milhares de mortos e multidões incontáveis de desalojados, defraudados e famintos.

É uma verdade já que ninguém ousa contestar; o panorama, político, económico e social em Portugal, nos nossos dias é confrangedor.

A miragem de uma aproximação a níveis de vida europeus, dos quais a modéstia dos nossos recursos nos afastava, transformou-se em pesadelo para o povo português, que acorda com os ventos tempestuosos de nuvens negras que ameaçam ocultar em breve o horizonte da nacionalidade.

Não é na ignorância e na histeria das multidões, explorando características temperamentais peculiares, que salvaremos o país e a democracia, como forma ideal de o governar. Essas características é que levaram o português a tomar a democracia como uma consequência inelutável do progresso, quando ela é, de facto, uma conquista do desenvolvimento económico e cultural, acessível às sociedades civilizadas.

Portugueses, portuguesas! Se somos de menos para recuperar tudo aquilo que foi destroçado do património moral, e material que herdamos dos nossos antepassados, não seremos demais para proclamarmos a condenação daqueles sobre quem recai a maldição desses antepassados que edificaram uma Pátria Grande, hoje irreconhecível !

Que as futuras gerações saibam que ousamos condenar, na campa da Pátria, aqueles que a assassinaram e que, aos irreversíveis «ventos da história» respondemos com o brado da Verdade para a fazer ressurgir das cinzas!»

(*) Major General Piloto Aviador (R). Do seu meritório curriculum, de 10.000 horas de voo, SENADO NEWS ressalva:
– A qualificação de Piloto-Instrutor de voo por instrumentos obtida em 1951/54 em Escolas da Força Aérea Americana;
– Comandou a Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné 1965/67;
– Foi diplomado do “Industrial College of the Armed Forces”, Estados Unidos da América, com o Curso “The Economics of Nacional Security, 1967;
– Comandou a Direcção do Serviço de Instrução da Força Aérea e a 3ª Região Aérea (Moçambique em 1970/71);
– A seu pedido transitou para a situação de Reserva em Maio de 1971.

NOTA: Os negritos são da nossa responsabilidade.

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Thursday, March 19, 2009

UM DISCURSO DEPLORÁVEL

(*) A Valdez dos Santos
Pronunciou, em 7 de Maio de 1978 na sessão POLÍTICA DO PDC no Coliseu dos Recreios, um inesquecível discurso aqui condensado pelo SENADO NEWS.

« Em política, desde que Mundo é Mundo, não são as palavras que contam; são as realidades. Contam os resultados que se apuram pela comparação entre o ponto de partida e o de chegada. Entre a situação que se recebeu e aquela em que se está. Conta, ao fim e ao cabo, o que se fez e não o que se disse ou prometeu fazer».

Em Abril de 1974, Portugal estava no limiar da industrialização: meio milhão de toneladas de aço, dez milhões de KWh de energia, três milhões e trezentas mil toneladas de cimento, por ano, e uma indústria química e metalomecânica em rápido desenvolvimento.

Para o começo dos anos oitenta, tendo em conta os investimentos em curso – extrapolando, como dizem os economistas – as previsões de produção eram de 1.500.000 toneladas de aço mercê da entrada em laboração da Siderurgia do Norte, cinco a seis milhões de toneladas de cimento, quinze milhões de toneladas de petróleos refinados, dezoito a vinte mil milhões de KWh de electricidade, a par de poderosas indústrias químicas, metalomecânicas, de construção e reparação naval e, inclusive, uma indústria automobilística de nível europeu.

Nas infraestruturas, estava em curso um programa de remodelação dos caminhos de ferro e fora iniciado o plano de construção de auto-estradas que nos teria permitido, já hoje, ir de Setúbal ao Porto por via rápida.

A nossa marinha mercante, que ultrapassara o milhão de toneladas de arqueação bruta prometia duplicar no fim da década dos anos setenta com o programa de construção em plena realização e os TAP esperavam colocar-se, mais ano menos ano, entre as vinte e cinco maiores companhias de navegação aérea do Mundo.

O escudo era uma das poucas moedas fortes europeias, apoiado numa das maiores reservas monetárias de ouro – igual à produção de um ano em todo o Mundo livre – e a nossa reserva de divisas cobria o presumível saldo negativo da balança comercial durante dois anos.

Nem tudo, naturalmente estava bem no regime anterior.
Muitos reparos lhe poderiam ser feitos e muitos, efectivamente, se lhe fizeram.
No ponto de vista social eram legítimas muitas divergências; mas sob o ponto de vista nacional, não.

Sem o 25 de Abril, Portugal seria hoje um país grande e próspero. Ninguém pretende que fosse o país das maravilhas. Mas era um grande império espalhado por quatro continentes, de clima económico europeu, capaz de oferecer a todos os portugueses, na Metrópole como no Ultramar, um futuro de segurança e abundância na dignidade.

No trabalho, sem dúvida; no capitalismo por certo. Mas sem desemprego, sem andar a pedir esmola, sem indignidade nacional, sem a vergonha de ser o exemplo, em todo o Mundo de um governo que não sabe governar e uma administração que se não deve ter.

Faltava-nos um pouco mais de democracia? Sem dúvida nenhuma.
Mas a justiça não era posta em causa. Não havia saneamentos nem ocupações. A vida e os bens dos portugueses, de todas as etnias e em todas as parcelas nacionais, estavam assegurados.

As liberdades sofriam, por vezes, uma repressão desnecessária.
Não tínhamos partidos nem greves. Mas tínhamos homens de Estado, competentes, homens honestos e dignos. Não ensinávamos Max nas escolas. Mas a droga era quase desconhecida, a criminalidade era muito baixa e a família preservada da destruição para que hoje as leis e os novos costumes a quem empurrar.

Não entregavam territórios. secularmente portugueses, a potências estrangeiras, e não destruíam a riqueza nacional apenas por razões de ordem política ditadas por interesses alheios.
Defendíamos as províncias ultramarinas, mas não fomentávamos a luta de classes dentro das fronteiras. E a sombra da guerra civil, que hoje se perfila no nosso horizonte político, ninguém a vislumbrava então.

Foi este o ponto de partida. Foi aqui que o 25 de Abril arrancou.

Foi de um Portugal em progresso que o «Financial Times» apontava em 1973 como o país do milagre económico europeu dos anos oitenta. Um país que nos orgulhávamos, e que por todos os mais era respeitado como exemplo. Um país de passado glorioso, que tinha um presente tranquilo e um futuro promissor.

Que ficou desse Portugal e dos 25 milhões de portugueses que eramos, passados quatro anos de «democracia a caminho do socialismo»?
Somos uma Pátria destroçada e arruinada, reduzida a um pequeno país, que olha para o presente com desalento e para o futuro com angústia.

Cem mil quilómetros quadrados, escassos recursos agrícolas, um subsolo muito pobre, uma costa pouco piscosa, sem energia, sem matérias-primas, sem capitais – que foram delapidados – e sem técnicos, que foram saneados e perseguidos.

A balança comercial fechou no ano passado com um saldo negativo de 112 milhões de contos. As perspectivas para a balança de pagamentos são da ordem de 60 milhões negativos e o «deficit» do orçamento é de outros tantos 60 milhões de contos.
Somados, nestes quatro anos, os saldos negativos da balança comercial excedem 300 milhões de contos, o da balança de pagamentos 150 milhões de contos, absorvendo a quase totalidade das reservas monetárias do país.
O «deficit» orçamental, também acumulado, vai além de 200 milhões de contos elevando a dívida pública a cerca de 300 milhões dos quais menos de 200 milhões de contos ao estrangeiro.

Este é o ponto de chegada.

É o aterrador ponto de chegada de quatro anos de governo de esquerda de que o país, tarde ou cedo, tem de encarar frontalmente as consequências dentro dos parâmetros económicos em que vivemos.

Reservas monetárias estão completamente esgotadas, ou quase, a inflação que, sendo de mais ou menos dez por cento ao ano era tido, antes, como elevada, excedeu 30% no ano passado e vai ultrapassar quarenta por cento este ano. O escudo perdeu 30 a 40 % do seu valor em pouco mais de um ano.
O crédito de Portugal nos mercados internacionais é de tal modo baixo que para obter 50 milhões de dólares do FMI teremos de nos submeter às suas exigências quanto a pontos fundamentais de governação interna.

Os responsáveis por esta situação são do conhecimento de todos.

Onde estão os caminhos honrados que nos hão-de conduzir ao respeito por nós mesmos dentro de uma suficiência feita à custa de trabalhos e sacrifícios?
Uma política consciente tem sempre, como as medalhas, duas faces – a crítica do se fez e as medidas que importa tomar para, na medida do possível corrigir os erros cometidos.

A resposta é a verdade que o país quer ouvir. Nem tudo está perdido. Mas, necessariamente, a resposta está fora do sistema e de todos aqueles que colaboraram com ele».

(*) Um notável e memorável já falecido advogado, que a seu tempo, foi dono e fundador do Jornal Português de Economia e Finanças.

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Saturday, March 14, 2009

ANGOLA (II), termina:


(*) Sá Carneiro

Mas a partir da segunda Grande Guerra (Sobretudo desde 1942) foi quase exclusivamente Angola que sustentou a nossa economia: Começámos pelo Sisal, vendido aos USA para a rama-explosiva dos canhões navais, depois o Café, com seu tremendo desenvolvimento, a seguir as Madeiras, a farinha de Peixe, o Algodão, o Ferro para o Japão, os Mármores para Itália, uma diversidade de Minérios para toda a parte, etc, etc.
E ainda o Ouro pago pela África do Sul à Diamang.

Porém foram sobretudo o Petróleo e os Diamantes que pagaram as 3 Guerras Coloniais, além da “expressiva remessa de Moeda Forte” que, enviada para Portugal até 1975, parece ainda ter durado pelos anos 80, já com as colónias desde há muito independentes.

A “Receita em Divisas” de Angola, nos anos 70, terá talvez sido décupla da que a Metrópole conseguia por si própria, mesmo incluindo os vinhos, em barril e tanque, e os tecidos de algodão, que afinal também para Angola, e para as outras colónias, eram exportados.

“Divisas” essas imediatamente expedidas para Lisboa, enquanto se pagava aos locais (europeus ou africanos) em “angolares”, e mais tarde em “escudos-angolanos”, ambos inconvertíveis.

E assim foi Portugal considerado o Milagre Económico Europeu de 1973!

A DIFICIL OPÇÃO
– II –
Estamos em Março de 2006 e acabámos de eleger um novo Presidente da República.
Há um ano atrás tínhamos feito a escolha de um Governo Socialista, que até agora tem desempenhado com razoável eficácia o seu “possível” exercício.
Assim do ponto de vista propriamente “Politico”, Presidente e Primeiro Ministro, ambos são “democratas”.
Quanto à sua feição “Politico-Económica”, teremos que o Presidente será “Liberal”, enquanto que o 1º Ministro é “Socialista”. Perdoe-se-me se estou enganado!

Poderemos ter assim chegado a uma “fórmula de óptimo equilíbrio”.
E é no “superior entendimento” entre os dois, que depositamos toda a nossa “esperança”, pois que a crise, em que acabámos por cair no inicio do milénio, apesar da imensa ajuda da U.E., parece ter atingido agora profundidades abissais e, na perspectiva de abrandamento do feed-back europeu, só com muito esforço e imaginação conseguiremos alguma vez sair do fundo do poço.

Perdemos as últimas Posições Ultramarinas há 30 anos, e só agora se começa a compreender que Portugal não era “viável” sem elas!
Sabemos que foi “o Mundo” que nos obrigou a abandoná-las.
Mas poderíamos de lá ter saído de melhor maneira! Ou até mesmo lá ter, em grande parte, permanecido.
O mal não foram as Independências, (que teriam que acontecer.)
O mal foi o abandono! (Que não podia ter acontecido!)
E todo o Angolano esclarecido nos acusa agora exactamente disso.
De qualquer modo também sabemos que, na época presente, era impossível continuar, ao nosso antigo “jeito”, pois que agora só as super-potências podem ter, ou fazer, colónias, e isso em moldes completamente diferentes.

Mas então há que procurar outras soluções, pois parece que a União Europeia, indispensável para salvaguarda da Europa, e até para que os europeus voltem a ter as suas tradicionais força e dignidade, não será afinal “panaceia para todos os males”.
Parece-nos por isso que não irá resolver, em especificidade e pormenor, os problemas íntimos e as carências endógenas de países pequenos e pobres como Portugal.

Assim, perante o dramático panorama, de desemprego, pobreza, inflação e até (Talvez e paradoxalmente) deflação, com que presentemente nos debatemos, sabendo que será extremamente difícil instalar novas Industrias, com técnicas penosas de aprender, ou uma nova Agricultura, moderna e sofisticada, financeiramente incomportável, ou ainda Serviços de Luxo ( Turísticos, de Saúde, ou outros ), que poderão ajudar, mas que não resolverão o nosso “Mal”, quase começamos a sentirmo-nos outra vez perante A DIFICIL OPÇÃO de seis séculos atrás:


ESPANHA? OU ÁFRICA? Contudo, de Espanha, embora não viéssemos a sofrer qualquer perda de nacionalismo ou patriotismo com uma “Confederação”, continuamos a dizer “que nem Bom Vento...”Não sabemos se há lógica nisso.

Afinal praticamente todos os Estados Europeus são Uniões de pequenas, e até em geral menos pobres, Nações como a nossa: O Reino Unido, a Itália, a Alemanha, a Holanda, a Bélgica, a própria Espanha, todos são “Uniões.” E até na América, o Brasil é uma Federação, e os Estados Unidos são “Unidos”.
Mas NÓS não queremos!
Talvez em parte, e de há longa data, por uma certa influência estrangeira, “nós”, que até possivelmente conseguiríamos resolver os nossos problemas com uma Solução Confederada…


“Nós”, nem pensar! Preferimos o Orgulhoso Sacrifício do SÓS. E Assim Seja!

Mas então resta a outra Alternativa: Outra vez o ULTRAMAR, outra vez a ÁFRICA! E, na melhor das hipóteses, outra vez ANGOLA!

Claro que não pensamos em colonizar Angola, agora um Estado de Direito e muito maior e mais rico que o nosso.
No que pensamos é numa Cooperação Ampliada, Cultural e Económica, que, se feita nos moldes convenientes, os Angolanos aceitarão e que seria, para todos, da maior conveniência.
Como o desenvolvimento cultural e até industrial e agrícola de Angola ainda será, por muitos anos, processado em língua portuguesa, é evidente que haverá sempre a maior necessidade de professores, engenheiros e outros técnicos; Médicos, veterinários, agrónomos, ...etc., ...etc.
Serão precisos também manuais didácticos em português, literatura cultural e ligeira, toda uma diversidade de material tipográfico, e até cartográfico… E muito, muito mais!

Em contrapartida poderíamos nós tomar posições preferenciais relativas a muitas das produções de Angola, que colocaríamos por toda a União Europeia, ou poderíamos reexportar, em muitos casos com “draubaque”, para quaisquer outros mercados.

Porque não voltar a desenvolver a nossa Medicina Tropical, que chegou a ter vulto de relevo internacional nos anos 50 e 60? Porquê não construir um Hospital Universitário Português em Luanda?
E um Instituto Superior de Agricultura Tropical? Para Angolanos e Portugueses, claro.
Isso sim, seria real e genuína Cooperação.
Porque não propor a Angola um “Regime de Concessões Agrícolas” (De 30 ou 40 anos, por exemplo), que empregariam milhares de Angolanos, e que depois lhes seriam entregues em definitivo.

A 120 Kms de Luanda, a partir do Úcua, começa uma região de floresta e café, a das antigas plantações dos Dembos, com cerca de 2.500 Kms 2, que constituem um “mundo maravilhoso”, praticamente abandonado!

Lá trabalhámos por mais de 20 anos, até 1975.
Em Julho e Agosto do ano passado percorremos grande parte da área, e verificámos que, das 40 a 50 fazendas que ali laboraram, pelo menos metade ainda está perfeitamente recuperável.
Para se começar, julgamos este um estupendo projecto para os nossos estudantes de agricultura e silvicultura! (e até talvez as Organizações Internacionais nos ajudassem.)
Simplesmente tudo isto teria que ser negociado com um máximo de inteligência, honestidade e respeito, de parte a parte.

E o Processo levado ao ponto de Grandes Empresas Nacionais dos dois Países.

Há concerteza um “aspecto” de que podemos estar completamente seguros:
Os Angolanos gostam de Nós, preferem-nos a Nós. E Nós continuamos a gostar (a compreender como ninguém ) os Angolanos.
Mas tal “aspecto” tem que passar do “abstracto”, tem que ser “concretizado”!

E para terminar, tudo o que espero é que este apontamento chame a atenção de alguém com mais capacidade, menos idade, e em melhor posição do que eu, para estudar e, se lhe encontrar algum mérito, desenvolver e activar um tal Projecto.

(*) José António de Sá Carneiro – Natural de Lisboa, 1927 – Nacionalidades Portuguesa e Angolana – Despachante oficial da Alfândega de Luanda de 1952 a 1975 – E das Alfândegas Portuguesas desde 1980 – Diplomado em Serv. Marketing Management pelo SAMA de JHB – Licenciado em História pela Universidade Aberta de Lisboa.

NOTA: SENADO NEWS acaba de publicar esta síntese histórica datada de 2006 pelo seu elevado grau de oportunidade relevado pela visita do Presidente de Angola a Portugal e seu recíproco convite ao Presidente da República de Portugal a Angola.

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Friday, March 13, 2009

ANGOLA (I), continua:


(*) Sá Carneiro
(Memorandum ao 1º Ministro, quando do meu regresso de Angola)

A DIFICIL OPÇÃO
– I –
Estávamos nos fins do Século XIV
e, extinta a nossa primeira Dinastia, começava a esboçar-se uma nova era, a qual teria forçosamente que ser diferente de tudo o até então experimentado. Os últimos moiros já tinham sido, desde há muito, varridos das Praias Algarvias e as Fronteiras norte e leste estavam quase definitivamente demarcadas.
O Território era todo nosso.

O Futuro parecia sorrir ao pequeno Portugal, ainda jovem de pouco mais de 200 anos.

Mas, de modo inesperado e algo dramático, começa a constatar-se que esse Território, tão sofrido e almejado, não era afinal suficiente para sustentar o escasso milhão de Portugueses que eramos naqueles tempos.
Para os Moiros tinha chegado! Mas os Moiros não eram muitos, e capazes de fazer agricultura até no próprio deserto. Porém para nós, com fraco saber agrícola e pobre apetrechamento, não chegava concerteza.

Terras na verdade férteis, só os vales do Mondego e do Tejo, e as planuras de estuário do mesmo Tejo e do Sado. Mas essas eram as justamente necessárias para o Trigo, para o Pão de Cada Dia.

Outras culturas?
Já os Vinhedos, os tinha mandado o nosso avisado rei D.Dinis para as encostas do rio Douro, originando uma empresa, épica e sacrificada, somente comparável aos arrozais de montanha da China e do Japão.
Gado, só miudo.
Para o grosso os pastos eram fracos, pois que as chuvas foram sempre irregulares.
Pescas? Tinham pouca expressão naquela época. Como agora, por outros motivos, nos torna a acontecer.
Riqueza Mineira? Os romanos, 1.500 anos atrás, haviam-na praticamente levado ao esgotamento.

E, face a essas razões, deparámo-nos, pela primeira vez, com o crónico Dilema Nacional.
Por mais voltas que se dessem, só dois caminhos se ofereciam. Duas restritas Opções:

A – Contemporizar com Castela, aceitando a tendência, que começava a desenhar-se, para um movimento unionista que, um século depois, sob os Reis Católicos, iria culminar na coligação de quase toda a Península ao redor dessa mesma Castela. E a que, perdido aquele momento de opção, teríamos fatalmente que aderir, até face à séria Teoria de que, geográfica, demográfica e economicamente, eramos nós parte integrante da Espanha (Ou seja da Hispânia, ou Ibéria, ou como se queira dizer).

B – Tomar os Rumos dos Mares, na procura das Terras do “outro lado”.

E a escolha fez-se ! E foi, como é sabido, a da Revolução de 1383 e, 2 anos depois, ainda muito mais grave e decisiva, a da BATALHA DE ALJUBARROTA.

A DIFICIL OPÇÃO tinha sido tomada!

Trinta anos decorridos estávamos em Ceuta, em demanda do Trigo do Reino de Fez, que sabíamos abastecer a ainda moira Andaluzia, já quase toda cercada pelos reinos cristãos.
Porém o trigo tomou outros caminhos, e assim Ceuta se transformou num fiasco, bem como todas as Praças, depois conquistadas, na Costa do Marrocos.

Mas que seja permitida uma correcção:

É que na verdade nem tudo foi fiasco.
Pois que há que excluir os instrumentos náuticos árabes; astrolábios, agulhas de marear, tábuas e almanaques, a que tivemos acesso nas embarcações apreendidas nos portos e costa do Marrocos, e que nos permitiram a navegação cientifica do Atlântico, tal como os árabes, dois séculos antes a tinham feito, nas suas epopeias do Indico e do Pacifico.

Mas íamos sempre navegando para sul, e acabámos por chegar à Costa da Mina (hoje mais ou menos a Nigéria).
E aí sim! Tínhamos chegado às riquezas! E de lá começamos a trazer o oiro e o marfim.
Mas também a colaborar, com europeus e africanos, num outro comércio, corrente e natural naquela altura, porém hoje “de muito triste memória”.

E depois foi a Guiné, e Angola!
Mas, à época, pouco valor se dava a essas terras. Não estávamos propriamente à procura de plagas quase virgens, mas sim de Países mais ricos e desenvolvidos do que o nosso, capazes de nos fornecer tudo aquilo que não tínhamos.

Dobrado o Cabo, chegámos às Índias! E então, nesse 2º século de Expansão Ultramarina, das Índias fomos vivendo! (Extrema riqueza para alguns! E muita amargura para outros).
Até aos dias em que holandeses, e depois ingleses (nossos aliados) nos escorraçaram das melhores posições.

Mas, impedidas as Índias, saltámos para o Brasil, até aí quase esquecido, e nesse Terceiro Século Ultramarino foi, como se sabe, do Brasil que nos valemos.
Todavia, com a independência brasileira, surge a ameaça de também essa fonte vir a acabar, fatalmente ressequida. Entretanto e surpreendentemente, mediante certos arranjos de tenças e pensões de família e um comércio de preferências tradicionais, foi ainda o Brasil capaz de nos ir amparando, por mais uns tempos, até à proclamação da sua República.

Quando finalmente tudo se acabou, olhámos em roda. E o que restava? A África!
Sobretudo de Angola e de Moçambique poderíamos fazer outros Brasis!
E foi o que se tentou:
Mas Moçambique revelou-se afinal mais pobre do que pensávamos.
Só, muito depois, as chamadas “companhias magestáticas”, normalmente “concedidas” a ingleses, com a sua agricultura extensiva, do chá ou do algodão, para a qual nós portugueses não estávamos de todo vocacionados, se provou virem a ser realmente produtivas.

A maior distância à Metrópole também não ajudava.

Até aos últimos tempos da nossa colonização, a principal exportação de Moçambique era a da castanha de cajú, espontânea, apanhada do solo pelos garotos das sanzalas e vendida a baixo preço aos comerciantes indianos, que a expediam para o estrangeiro.

Mas e Angola?
Essa comprovou-se ser fabulosamente rica! Angola!
E foi este, quer se goste ou não da ideia, o nosso verdadeiro percurso económico.
O Milagre Português, além da expansão religiosa e civilizacional, que nunca nos poderá ser negada, foi sobretudo o de sempre ter conseguido amparar a sua economia nos sucessivos Ultramares descortinados!

Mesmo a passagem pelos 60 anos dos Filipes (Em que Portugal nunca perdeu oficialmente a sua independência, pois que o II de Espanha se chamou I entre nós.
E assim até ao fim da dinastia), não havia chegado a interromper a mecânica deste processo.
Sem as colónias teria sido altamente improvável, senão por completo utópica, a perduração, por tantos séculos, de um Portugal independente.

(*) José Antonio de Sá Carneiro – Natural de Lisboa, 1927 – Nacionalidades Portuguesa e Angolana – Despachante oficial da Alfândega de Luanda de 1952 a 1975 – E das Alfândegas Portuguesas desde 1980 – Diplomado em Serv. Marketing Management pelo SAMA de JHB – Licenciado em História pela Universidade Aberta de Lisboa.

NOTA: SENADO NEWS continua a publicar esta síntese histórica datada de 2006 pelo seu elevado grau de oportunidade relevado pela visita do Presidente de Angola a Portugal e o recíproco convite ao Presidente da República de Portugal a Angola.

EDITORIAL
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Saturday, March 07, 2009

MISCELÂNEA (VIII)



(*) Mendonça Júnior

Tem esta epígrafe coligir escritos, em termos de perguntas à publicitação de opiniões, de acordo com o devido respeito pela nossa actual vivência democrática.

25 – De vez em quando leio opiniões com prévio registo dito confidencial sobre notícias, normalmente assinados pela fonte responsável, dos nossos órgãos de Comunicação Social assim como também os comentários aos artigos que publico num dos meus quatro “blogues” na Internet.

A minha preferência elege os comentários referidos no Expresso e no Sol, como os grandes Senhores da concordância ou discordância mas sempre revelando um elevado teor de educação e sabedoria.

O mesmo não poderia dizer do SAPO, e nalguns dos seus correligionários, cuja normal opinião reproduzia os mais obcecados palavrões da língua portuguesa:
“concretamente só comparáveis aos guardas da cavalariça quando, ainda meio ensonados e com medo dos coices, limpavam as camas dos cavalos”.

De acordo com esta constatação enviei via Internet, um “aviso à navegação” a todos os comentaristas ao meu alcance o que aqui reproduzo em
itálico:

«MENDONÇA JÚNIOR, Coronel de Cavalaria
«Apelo ao “sapo.pt” no sentido de não publicarem comentários das Vossas Notícias – enviadas por aqueles que a coberto de um pseudónimo – empregam palavrões que em nada dignificam o elevado prestígio cultural da magnificência do nosso idioma, com más repercussões na educação das crianças, formação e repúdio de adultos, por todo o Mundo».

Subitamente no rodapé das notícias passou a ler-se o seguinte aqui também reproduzido em itálico:

«Devido a utilizações menos próprias da área de Comentário das Notícias, o SAPO decidiu fechar temporariamente o sistema.
Estamos a trabalhar numa nova plataforma, mais segura e mais robusta, que brevemente estará disponível para que possa continuar neste espaço.
Obrigado».

Entretanto já se passaram muitas largas semanas e a dita nova plataforma ainda não nos foi apresentada.

(*) Coronel de Cavalaria
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Sunday, March 01, 2009

US of A



(*) José Pegado

There was history in the air and in the heart of millions as the world, fascinated by the pomp and circumstance that protocol and traditions demand, followed the first negro being inaugurated as the 44th President of the USA.

A one and a half million crowd of voluntaries of all skins colours and origins stood there on Washington Mall and along the roads leading to the Capital and patiently waited, in the sunny but cold morning hours, making sure that they were part of the event.

When the time was right Obama raised and formally sworn in as the President of the U.S.A. and all will remember the emotional difficulty he had in voicing hid pledge only to, a few minutes later, be able to deliver a fantastically well structured and heartfelt inauguration speech to a nation that after several crises (unfinished wars and financial systems scandals and threat of unemployment) seeks unity and will certainly work for renewal of the old values

He spoke like a priest-general and his message might well have been inspired by whispers all the way from George Washington to Martin Luther King.

The message might also be addressed to countries in Europe where changes should be considered

Professional commentators in Europe have already said that his administration will not be able to solve the inherited problems (economic recovery, unemployment and war situations in Iraq and Afghanistan) but they see things the European way.

They do not know that in time of crises America has the ability to define goals and mobilize the will and strength of all its people and act.

There are lessons to be learned by people and politicians around the globe.

(*) Engenheiro Electromecânico formado no IST, em Lisboa; e na Universidade de KYH em Estocolmo.

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