José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
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Sunday, September 30, 2007

OUÇAMOS SALAZAR


(*) José Pinheiro da Silva

Portugal sofreu reflexos assaz desfavoráveis da crise mundial dos anos trinta; as maléficas consequências da guerra civil de Espanha atingiram-nos profundamente; apesar da neutralidade vivida durante a guerra mundial de 1939-1945, vitória indesmentível do génio político de Salazar, a defesa dos territórios dispersos pela orbe exigiu, como era inevitável, pesados encargos financeiros e limitou deveras o incremento da nossa economia; o plano Marshall foi-nos irrelevante; a partir de 1956, fomos alvo de campanhas de rara violência, altamente injustas, cujo corolário foi a eclosão da guerra ultramarina, com graves efeitos de vária ordem.
Não tivemos, pois, bom clima político geral, propício a trabalho melhor de que se conseguiu realizar com muito sacrifício.

Ouçamos, pois o que Salazar houve por bem referir a propósito, na entrevista concedida ao jornal New York Times, em 24 de Março de 1966, aqui referida em itálico:

Sem embargo de tudo isto, e apesar das insuficiências, atrasos, erros e limitações de que temos consciência, seria preciso total desconhecimento das realidades portuguesas para se negar a expansão, o progresso, a melhoria geral do nível da sociedade portuguesa – de toda a sociedade portuguesa, na Metrópole e no Ultramar – nos últimos trinta ou quarenta anos.

Nesse espaço de tempo:
– as receitas públicas metropolitanas subiram de 1 400 000 contos em 1926 para 4 400 000 contos em 1946, e para 17 000 000 contos em 1966;
– o analfabetismo que era de quase 70% foi quase anulado quanto a toda população em idade escolar;
– o nível de vida triplicou;
– o produto nacional bruto, a preços constantes, elevou-se de 65% nos últimos dez anos;
– a produção industrial subiu de 9 milhões de contos em 1938 para 44 milhões em 1965, e desenvolveu-se, para só citar os últimos anos de 1959 e 1964, à taxa média de 11,7 %;
– a produção de electricidade passou de 187 milhões de kWh em 1926 para 4 800 milhões de kWh em 1966;
– expandiram-se as editoriais de livros e revistas;
– cresceu a circulação de jornais;
– a população metropolitana aumentou de 6 para cerca de 10 milhões;
– no Ultramar erradicaram-se as grandes doenças, como reconheceu, em relatório publicado após visita aos territórios, a Organização Mundial de Saúde;
– e tem-se intensificado e ampliado a participação dos seus habitantes, todos cidadãos de pleno direito, na vida política e administrativa da Nação;
– fundaram-se duas Universidades;
– multiplicaram-se as escolas primárias;
– cresceu o número de liceus e de escolas técnicas;
– e a população conjunta de Angola e Moçambique aumentou de cerca de 2 milhões e meio;
– a população total da Nação portuguesa, com necessidades acrescidas, ultrapassa hoje os vinte e um milhões de habitantes.

Temos trabalhado muito, e numa época em que tanto se fala e tudo parece depender de subsídios e ajudas técnicas, podemos dizer que temos trabalhado sós.
Não devemos o nosso progresso a subsídios gratuitos ou a favor especiais de qualquer país”.

O Estado Novo deixou nos cofres do Banco de Portugal milhões e milhões de escudos e moedas estrangeiras, bem como cerca de novecentas toneladas de ouro – ainda hoje os senhores democratas vendem algumas toneladas de quando em vez, do que vai restando…

Um jornal britânico chegou a vaticinar que Portugal seria o 3º Milagre económico, a seguir à Alemanha Federal e ao Japão…
O escudo era moeda forte.
Brilhantíssimo.

E note-se que os territórios de Além-Mar, designadamente Angola, viviam um surto de desenvolvimento invejável…

Tudo se perdeu em 1974, mercê de uma revolução insensata sem nome, conhecida por uma data – 25 de Abril.

Algés, Fevereiro de 2007.

(*) Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas pela Universidade de Coimbra (15 valores, 1952).
NOTA 1: 1952 «Curso de Ciências Pedagógicas pela Universidade de Coimbra (13 valores).
NOTA 2: 1962/1966 «Deputado à Assembleia Nacional pelo círculo de Viana do Castelo»
NOTA 3: 1966 «Membro do Instituto de Coimbra».
NOTA 4: 1964/1971 «Assistente da Universidade de Luanda, com regência da cadeira de História da Educação, tendo servido sobre a orientação do Prof. Dr. Délio Nobre Santos, catedrático da Universidade de Lisboa».
NOTA 5: 1971 «Comendador de Instrução Pública».
NOTA 6: 1981 até à sua extensão « Professor da Universidade Livre».
NOTA 7: Os negritos são da responsabilidade de SENADO NEWS.