José Maria de Mendonça Júnior, Coronel de Cavalaria do Exército Português.

Vivência Militar: Portugal, Angola, França, Alemanha, Macau e Timor.

Condecorações: Serviços Distintos e Relevantes Com Palma, De Mérito, Avis, Cruz Vermelha, De Campanhas.

Vivência turística: Madeira, Açores, Espanha, Baleares, Canárias, França, Alemanha, Inglaterra, Italía, Suiça, Malta, Brasil, Paraguai, Marrocos, Moçambique, África do Sul, Zimbabwe, Indonésia, Singapura, Austráia, Filipinas, China.

Idiomas: português (de preferência), Espanhol, Francês, Inglês.

Com o fim de dinamizar a solidariedade através de comparticipação de cidadãos com inesquestionavél integridade de caracter.
 
Esta tese é enviada por http://senadonews.blogspot.com/ podendo ser correspondida pelo e-mail senadonews@gmail.com ou pelo correio postal: União Ibérica, Av. Bombeiros Voluntários, 66, 5º Frente, 1495-023 Algés, Portugal; Tel: 00 351 21 410 69 41; Fax: 00 351 21 412 03 96.

Pesquisá pelo google.pt ou pelo sapo.pt

Tuesday, October 31, 2006

ESTE ADMIRÁVEL MUNDO NOSSO (X)


(*) Belmiro Vieira
Uma democracia exemplar: mais duas pinceladas na composição do retrato do que é e como funciona a democracia do “States”, que, na opinião de alguns pobres de espírito crítico, é modelo digno de ser copiado.

* A primeira delas foi dada pela Human Rights Watch, uma organização que se dedica ao estudo da implementação dos direitos humanos à escala internacional.

E está reproduzida num relatório que elaborou e publicou recentemente, no qual enumera factos e situações que comprovam que, nos Estados Unidos, – o país da “estátua da Liberdade” – os direitos fundamentais dos trabalhadores são sistematicamente violados e isso devido «à débil aplicação das leis laborais vigentes, elas próprias excessivamente permissivas».

Enumerando a seguir factos, o relatório assinala que se conta por milhares o número de trabalhadores que, em cada ano que passa, são despedidos dos seus empregos ou sofrem outras formas de represália, pelo simples facto de terem tentado criar sindicatos. E isso apesar das leis laborais em vigor no país consignarem a liberdade de associação.

* O porquê dessa aparente contradição é a seguir explicado no relatório: é que as penas que as mesmas leis consignam como aplicáveis às empresas que violam os direitos dos trabalhadores são tão ridículas em termos financeiros, que elas, via de regra, as consideram como “um custo de funciamento e não um factor dissuasório”.

* O outro retoque é da autoria da Amnistia Internacional, que, no seu último relatório, analisa o problema da pena de morte actualmente vigente num reduzido número de países, de entre os quais se destacam a China, o Irão e os Estados Unidos.

Sobre a performance do país de Bush, vem anotada nele interessante observação:
«oitenta por cento dos 749 condenados á morte nos Estados Unidos, desde 1977 até hoje, são indivíduos que pertencem a minorias étnicas do país (negros em grande parte), os quais foram julgados e condenados por assassínio de brancos».

E acrescenta a propósito:
«os negros representam 12% da população norte-americana, mas são eles que contribuíram com 41% dos reclusos à espera de execução e 39% dos que já foram executados»

O documento elaborado pela Amnistia Internacional, ao divulgar estes dados estatísticos, produziu também algumas considerações sobre o carácter racista da Justiça nos “States”. O que imediatamente nos trouxe à memória outros julgamentos e considerações, ocorridos ali, num passado recente, e no desfecho dos quais o factor racismo foi determinante.

Demos connosco sobretudo a matutar no escandaloso caso de Sacco e Vanzetti, os dois anarquistas italianos, que foram mandados para a cadeira eléctrica por decisão de um único juiz, que desprezou todas as evidências que ilibavam os dois arguidos. Inclusive o depoimento de um imigrante português, que voluntariamente se confessou participe no crime, – assalto a um estabelecimento comercial e assassinato do respectivo dono, – negando, no entanto, a participação dos dois italianos.

(*) Jornalista
NOTA: Os negritos e itálicos são da nossa responsabilidade

Tuesday, October 17, 2006

PORTUGAL JÁ MORREU?


(*) Rainer Daehnhardt

Quando é que se passa a certidão de óbito a uma nação?

Será quando ela tiver sido invadida por vontade alheia que se impôs?
Será quando deixa de cunhar moeda própria e se submete à finança alheia?
Será quando pontas de flecha de interesses estrangeiros a governam?
Será quando deixar de acreditar em si e nas suas capacidades?
Será quando prefere sujeitar-se para não emagrecer?
Será quando se deturpam as verdades históricas?
Será quando o futebol interessar mais do que a identidade nacional?
Será quando já não soubermos pescar ou cultivar?
Será quando ficarmos a olhar com vergonha para os quadros dos nossos antepassados?

Nas minhas últimas trocas de opinião com o Prof. Agostinho da Silva e Rafael Monteiro (o ermida do Castelo de Sesimbra), ambos entretanto falecidos, tocou-se muito na pergunta sobre se Portugal ainda existe, ou, se o que existe, ainda é Portugal!?

Na opinião de Agostinho da Silva, tínhamos de ver Portugal mais no campo espiritual e fortalecer este, visto no terreno já se ter afastado de mais.

Na opinião de Rafael Monteiro, Portugal já morreu! Estamos, simplesmente, a assistir ao banquete dos vermes que se digladiam pelos melhores bocados do cadáver!

Na minha opinião, todos os que ainda sentem algo por Portugal vão ter de entrar na clandestinidade, porque serão atacados e afastados como “bairristas retrógrados”, simplesmente por amarem a sua pátria.

Neste contexto convém ficar a saber que nas reuniões dos coordenadores do ensino em Portugal, nos últimos anos, foram dadas as seguintes directrizes (como sendo directrizes de Bruxelas, mas isto é mentira, Bruxelas não se meteu nisto; as directrizes vêm de organizações que pretendem a destruição das nações, por fora, através da sua anexação por organizações internacionalistas, e, por dentro, através de excessivas regionalizações):

1.ª – Já não se ensina a História de Portugal, mas a História da Europa! Cabe a cada professor decidir o grau de importância que neste contexto ainda querem dar a Portugal.

2.ª – Já não se ensinam os Descobrimentos Portugueses, mas sim (imagine-se) a Expansão Ibérica! O que significa que toda a atitude dos conquistadores espanhóis com o genocídio dos aztecas, dos incas e dos guanches é metida no mesmo caldeirão das atitudes de Vasco da Gama, Bartolomeu Dias, e de tantos outros dos nossos grandes navegadores, que em grande maioria, eram cavaleiros iniciados escolhidos a dedo, com um pensamento ético e moral inqualificavelmente superior ao dos castelhanos.

A fim de acordar a nossa juventude para a realidade do nosso passado, resolvi escrever “Homens, Espadas e Tomates” e outros livros relacionados com o tema, cumprindo assim a parte que me cabe, no campo da minha especialização, para que futuras gerações possam ter acesso à identidade portuguesa.

(*) Rainer Daehnhardt, é o Presidente da Sociedade Portuguesa de Armas Antigas – Portuguese Academy of Antique Arms – cargo homologado pelo governo em 1972, mantém-se nessas funções, representando Portugal em congressos internacionais e dando conferências em muitas instituições europeias, americanas e asiáticas.
É autor de dezenas de livros e centenas de artigos, na sua maioria ligados à armaria antiga, à História de Portugal ou à preocupação com a evolução da Humanidade.
Nota 1: Este artigo foi publicado no O Diabo a 18 de Junho de 1996. Permito-me hoje completá-lo com algumas perguntas que abrem este capítulo. Nota do autor.
Nota 2: É aqui transcrito com a devida vénia e autorização do autor.
Nota 3: Os negritos e itálicos são da nossa responsabilidade.

Sunday, October 15, 2006

A EDUCAÇÃO CÍVICA E O VALOR DO TRABALHO EM PORTUGAL

(*) Fernando de Oliveira Martins

A sociedade portuguesa desintegrou-se há séculos, apenas tendo vivido, no século XX, durante cerca de 50 anos, sob a aparência de uma integração que não passou de uma ficção imposta pela força.

Foi o tempo do Estado Novo. Eliminada revolucionariamente a ficção de coesão, ficou exposta a sociedade de sempre: uma sociedade de grupos de interesses que se aproveitam das estruturas do Estado para melhor prosseguirem nas suas sendas corporativas. Servem-se do Estado, em vez de servirem o bem comum em que radica a legitimidade do Estado.

Em Portugal não se valoriza o trabalho, não se premeia o mérito, não se estimula ninguém a trabalhar e a ter sucesso pela via do trabalho. Como se viveria sem trabalhar se se valorizasse o trabalho? Como se teria sucesso sem trabalhar se se evidenciasse como bom o êxito assente no trabalho e no mérito?

É num tal caldo psico-sociológico que os portugueses ancestralmente se organizam entre si, em capelinhas, para viverem o melhor possível sem trabalhar e reivindicarem direitos, subsídios e benefícios de toda a espécie a uma entidade com a qual não se identificam e que não respeitam: o Estado.

O trabalho humano é todavia um bem social de valor inestimável. Só dele pode decorrer o desenvolvimento individual e social.

O trabalho é um esforço de vida.
É a acção criadora e transformadora do ser humano tendente à sua subsistência psicológica e física que lhe permite o sentimento de existir e de ser capaz de agir de modo positivo no meio em que se insere.

O trabalho é um factor fundamental de saúde individual e social.

O trabalho constitui um dos principais pilares da existência, da coesão e do desenvolvimento das sociedades humanas.

Sem trabalho, não pode haver emprego. Logo, não pode haver trabalhadores nem empregadores. Sem trabalho o nosso direito constitucional laboral, a começar pela garantia da estabilidade no emprego, apenas seria útil aos historiadores.

São tão patologicamente elevados os níveis do laxismo, da indisciplina, da irresponsabilidade e da desorganização a que se chegou em Portugal que na melhor imprensa estrangeira já se escreve sobre a esquizofrenia portuguesa (ver El País citado por Luis Costa no Público de 07/09/2006)

Urge convencer os portugueses de que é indispensável uma mudança radical de mentalidades em matéria de consciência cívica.

É urgente ensinar, nas famílias, nas escolas, e em todos os foros disponíveis, que só adquirimos o direito de beneficiar da existência da sociedade em que nos inserimos se o merecermos e que esse merecimento supõe que nos esforcemos permanentemente em função do bem comum, aprendendo, aperfeiçoando-nos e trabalhando, de acordo com as nossas capacidades e características individuais.

É preciso ensinar que só seremos felizes desse modo e que isso implica respeitarmos todos os nossos concidadãos, sem os quais não poderíamos ser pessoas de corpo inteiro, rejeitando uma atitude social de desintegração e rebelião consubstanciada no ócio, no egoísmo e no oportunismo.

Tal é o grande desafio da sociedade portuguesa do século XXI: educação cívica e valorização do trabalho.

(*) Advogado Pós-graduado em Estudos Europeus e em Direito do Trabalho e de Segurança Social.
NOTA 1 – Está em vias de publicação, do autor, um livro que desenvolve este tema.
NOTA 2 – Os negritos são da nossa responsabilidade.

Wednesday, October 04, 2006

PORTUGAL E OS MILÉNIOS


(*) Rainer Daehnhardt

No milénio a.C. formou-se a Lusitânia, não como nação mas como habitat de um povo com identidade própria.

No 1º milénio d.C. assistiu-se à sua anexação pelo Império Romano
, o primeiro candidato à ditadura centrista europeia! A prepotência do invasor não só proibiu qualquer indústria metálica Lusa, impondo uma dependência dos produtos vindos de fora, como até confiscou e destruiu as lusas armas, sentenciando dez mil lusitanos à morte tendo quinze mil sido vendidos como escravos na Gália.
As invasões dos povos cristãos-arianos nórdicos e as dos muçulmanos vindos do norte de África, em nada ajudaram a Lusitânia, que morreu por falta de capacidade de defesa da sua identidade!

O 2º milénio,
porém, possibilitou o seu renascimento parcial. Graças ao monge cisterciense São Bernardo, seus cavaleiros templários e teutónicos e ao gene luso, adormecido mas sempre patente na população deste canto do gigante Eurasiático, surgiram as condições para se criarem gerações de heróis que, como Fénix renascida das suas cinzas, criaram a segunda Lusitânia à qual se deu então o nome de Portugal.

Levaram tanto a peito a sua missão que a espalharam fora de portas. Assim, a meio do segundo milénio, a lusitanidade já se encontrava espalhada por todo o globo em benefício mútuo tanto dos portugueses como dos povos e culturas com os quais se entrelaçaram!
A inveja e a cobiça de outros, porém, não suportou o aparecimento de quem subiu por mérito próprio, sem dependência de ninguém! Sentenciou-se então Portugal à morte!

De facto Portugal morreu, mas à maneira de D. Sebastião. Devagar!

Chegou-se à passagem para o 3º milénio e encontramos o Portugal Global esquartejado, a segunda Lusitânia anexada por forças estranhas, a moeda própria em vias de desaparecer, a indústria metálica abandonada, o país dependente de dinheiros e fornecimentos estrangeiros e a memória da sua história conspurcada por interpretações tendenciosas de fiéis servidores de pontas de flechas de interesses estrangeiros!

Cabe à nossa geração a decisão de comodamente assistir ao enterro definitivo da lusa pátria ou de criar algo de novo! Tanto se pode chamar de Lusitânia Três como Portugal Dois porque o gene luso existe e mantém a capacidade de se revelar de forma inesperada contra todas as previsões “lógicas”!

Aproveitar o que se considera positivo das influências vindas de fora e rejeitar tudo o que não se ajusta à lusitanidade tem sido característica patente em todas as gerações deste povo, que é único na sua forma de convivência pacífica com outros povos e culturas e muito tem que para ensinar a este mundo insano.

(*) Rainer Daehnhardt, é o Presidente da Sociedade Portuguesa de Armas Antigas – Portuguese Academy of Antique Arms – cargo homologado pelo governo em 1972, mantém-se nessas funções, representando Portugal em congressos internacionais e dando conferências em muitas instituições europeias, americanas e asiáticas. É autor de dezenas de livros e centenas de artigos, na sua maioria ligados à armaria antiga, à História de Portugal ou à preocupação com a evolução da Humanidade.

Nota 1: Estas poucas linhas, que nem posso classificar como artigo, representam outro dos meus “desabafos”, desta vez em consequência da passagem para o 3º milénio. Data de 3 de Janeiro de 2001. Nota do autor.

Nota 2: É aqui transcrito com a devida vénia e autorização do autor.

Nota 3: Os negritos e itálicos são da nossa responsabilidade.